Cordélia Torres, pré-candidata a prefeita de Eunápolis, realizou uma live nesta quinta-feira, 03/09, e debateu com vereadores sobre a demissão dos profissionais da educação e a legalidade das ações da gestão municipal.
Ela ressalta que vários direitos estão sendo tolhidos e que a população precisa enxergar que a situação é grave. “Eles (os profissionais da educação) querem o que é de direito, que vem do suor, não querem favor. É responsabilidade do prefeito”, destaca.
O vereador Jota Batista participou da live e denunciou diversas ações da atual gestão que estão em desacordo com a Lei. “Eu nunca presenciei um ato tão ofensivo e agressivo com a população, de paralisar totalmente a educação. Estamos com milhares de alunos fora da sala de aula. Desativaram completamente a Secretaria de Educação, mas os recursos continuam caindo nos cofres públicos”, afirma Jota Batista.
O vereador ainda ressalta que o prefeito reeditou o decreto, violando a legalidade para tentar acalmar os ânimos. “Ele alega economia porque os recursos estão comprometidos. Devem estar comprometidos em Brasília, com os processos que ele sofre. Isso é preocupante”, considera. “É uma preocupação muito grande porque o prefeito não quer ganhar para servir a população, quer ganhar porque tem medo do que está por vir. O Governo Federal mandou recursos de mais de R$ 12 milhões para o município, então não justifica as demissões”, declara Cordélia.
Jota Batista ainda lembra que o gestor municipal anda divulgando que pagará um auxílio emergencial aos servidores da educação, mas que não existe previsão orçamentária para isso. “Eles querem enganar os professores”, ressalta.
Já o vereador Arthur Dapé lembra que está acompanhando essa luta desde o começo e os profissionais efetivados também estão sendo prejudicados. “Hoje teve corte do salário dos efetivos também. Na rádio ele (o prefeito) disse o contrário, disse que vai pagar. Mas na conta dos professores não tem salário”, garante.
Outro problema que a educação de Eunápolis sofre é a falta de aulas na rede municipal. “Cadê a aula remota?”, questiona a pré-candidata. Os alunos da rede municipal estão sem aulas desde o início da pandemia. “Questionamos a tribuna sobre a aula remota, porque saiu uma notícia extraoficial sobre isso. Mandamos esse questionamento para o Conselho e para a Secretaria de Educação. Como não tive resposta entrei em contato com o Ministério Público”, afirma Arthur.
Ele informa que acionou o Conselho Estadual de Educação, já que é o estado que regulamenta, cria as diretrizes das aulas remotas e auxilia. “Mas a obrigação é do município procurar o Conselho. A prefeitura de Eunápolis nunca, sequer, entrou em contato. Então a resposta é essa”, destaca.
O município também descumpre a Lei Federal de continuar enviando a merenda escolar. Os recursos estão vindo desde abril, mas até agora as famílias estão desamparadas. “Faz 5 meses que fiz a denúncia no Ministério Público e até hoje a resposta que eu tenho é ombro”, garante Arthur.
Cordélia lembra que existem plataformas gratuitas para que as aulas remotas possam acontecer, mas isso foi ignorado até hoje pelo prefeito. “A própria Secretaria de Educação não tem internet. Como vão trabalhar dessa forma?”, questiona.
“Será que vai ter aula remota? Todos os alunos serão contemplados? De que forma? Como vão ficar os alunos da zona rural, dos distritos?”, essas foram algumas perguntas que a pré-candidata fez e que toda a população está se fazendo nesse momento.
Fonte: Ascom Cordélia Torres