Após uma ação coletiva na Justiça acusando o Tinder de discriminar a sua idade, usuários do Tinder com mais de 29 anos saíram vitoriosos e fecharam acordo com o app de encontros, que vai pagar US$ 17,3 milhões (cerca de R$ 65 milhões) para encerrar as discussões nos tribunais.
Autora da reclamação, Lisa Kim afirmou que o Tinder cobrava mais de usuários com mais de 29 anos: ela pagava US$ 19,99 por mês no Tinder Plus, enquanto menores de 29 anos pagavam apenas US$ 9,99.
Em 2015, quando lançou a versão premium, o Match Group, dono do app, defendeu a existência de diferentes faixas de preço de acordo com a idade citando o caso de outros serviços que faziam o mesmo, como o Spotify. O serviço de música oferece, por exemplo, desconto para estudantes, mas não faz discriminação de acordo com a idade do assinante.
Além disso, o app de encontros alegou, ainda, que jovens tendem a ter menos fonte de renda do que pessoas mais velhas, outra explicação possivelmente plausível para a diferença na cobrança.
Acordo
O acordo para encerrar a disputa judicial feito entre as partes determina que cada participante da ação coletiva receba US$ 25 em espécie e 25 “Super Likes” ou uma assinatura no Tinder Gold ou no Tinder Plus. Além disso, o Tinder vai distribuir o equivalente a US$ 11,5 milhões em “Super Likes” para os reclamantes.
O “Super Like” é um recurso pago do Tinder também lançado em 2015. Quando um usuário usa um “Super Like”, o perfil da pessoa paquerada é notificado do interesse, o que pode “encurtar” o caminho do xaveco. Usuários gratuitos têm um Super Like por dia, enquanto assinantes têm cinco, mas ambos podem adquirir unidades extras a qualquer momento.
Além disso, o app de namoro se comprometeu a rever a sua política de preços, mas ainda pode oferecer valores mais em conta para menores de 21 anos de idade, informa o site Top Class Actions. Ao todo, os benefícios do acordo fechado entre o Tinder e a Justiça dos EUA se estendem a um universo potencial de 230 mil usuários.
O TecMundo entro em contato com o Match Group para verificar se usuários brasileiros também estão nessa lista e se os preços cobrados por aqui sofrerão alguma alteração, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Fonte: tecmundo.com.br