A pandemia causada pelo novo coronavírus chegou e desestabilizou a vida de todo mundo, mudando a rotina e também o trabalho das pessoas. Desse modo, uma simples ida ao mercado, ou uma refeição fora de casa, foram praticamente proibidas de uma hora para outra e tiveram que ser substituídas pelo delivery, por ser mais seguro.
O novo normal se tornou ir a rua somente quanto é extremamente necessário e tudo o que for possível, pedir para entregar em casa. Seja comida, medicamentos ou compras de supermercado. Medidas como essa, que visam a diminuição do contágio e da disseminação da Covid-19, acabaram por modificar velhos hábitos da nossa sociedade e criar outros, em questão de semanas.
As compras com cartão de supermercado, por exemplo, deram lugar às compras feitas online ou por aproximação do celular. Os novos hábitos que estão sendo moldados a partir da situação atual seguem um única diretriz: mínimo de contato para evitar o contágio. Dessa forma, muitos setores vêm crescendo e se desenvolvendo, como é o caso das compras online e serviço de delivery.
Dados de uma pesquisa realizada ao longo de seis semanas após o início do isolamento social mostram, inclusive, que houve um aumento de 278% na quantidade média de gorjetas em aplicativos direcionada a entregadores.
Essa informação pode ser interpretada como uma forma de demonstrar empatia por parte do povo brasileiro com aqueles que continuam trabalhando para garantir que os produtos cheguem até às casas e se arriscam nas ruas todos os dias.
Novo serviço essencial
Por mais que pudesse parecer estranho imaginar isso há alguns anos, durante os últimos meses a profissão de entregador está bastante valorizada e se tornou praticamente um serviço essencial para a manutenção da quarentena e contenção do vírus.
As compras de itens de alimentação e de petshop chegaram a dobrar nas últimas semanas. Assim, já é possível compreender porquê a atividade de entregador de delivery se tornou tão essencial nesse período conturbado de pandemia e isolamento social.
A maneira que muitas pessoas encontraram para agradecer por esse time que trabalha dia e noite para garantir que tudo chegue às nossas casas, foi através das gorjetas, que podem ser dadas pelos próprios aplicativos de delivery.
Aumento do número de trabalhadores
Diante do cenário de incerteza econômica gerado pela pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas pessoas viram no delivery uma oportunidade de renda extra, depois que foram demitidas dos seus antigos empregos. Dessa forma, nos últimos meses, os aplicativos receberam inúmeros novos funcionários e motoristas para auxiliar nesse momento tão caótico.
A plataforma Rappi, por exemplo, chegou a registrar um pico de aumento de 300% no número de requisições para novos entregadores delivery. Além disso, a plataforma também triplicou o número de personal shoppers – responsáveis por realizar a compra no supermercado quando o pedido é feito pelo aplicativo.
Já no iFood, o número de motoristas e entregadores entre fevereiro e março saltou de 147 mil para 170 mil. Além desse aumento, também foi perceptível o crescimento no número de cadastros de novos parceiros para atuar na plataforma – 175 mil pessoas fizeram a solicitação em março enquanto apenas 85 mil fizeram em fevereiro.
Mudança perceptível
Somente no mês de março, ao somar todas as gorjetas de todas as principais plataformas de delivery do Brasil – Rappi, iFood e Uber Eats-, o valor repassado aos entregadores ultrapassou R$ 1 milhão.
Apenas na plataforma Uber Eats, Nas duas últimas semanas de março, foram contabilizados e transferidos R$ 475 mil apenas em gorjetas enviadas pelos clientes. Esse valor equivale a um aumento de 170% em relação à primeira semana de março de 2020.
Outras plataformas, como o IFood, por exemplo, notaram a mudança de comportamento dos seus clientes e passaram a oferecer opções de valores maiores de gorjeta. Agora, após receber seu pedido, você pode repassar integralmente ao entregador o valor de R$ 2, R$ 5 ou R$ 10.
Dessa forma, é possível perceber que a chegada do novo coronavírus ao Brasil provocou profundas mudanças na organização da nossa sociedade. Serviços que antes eram desvalorizados, hoje são vistos como essenciais e estão em busca do reconhecimento que merecem por ajudarem o país a se manter mais seguro.
Fonte: redventures.com