O professor de capoeira e empresário Hélder dos Santos Santana, responsável por fazer ataques racistas a cantora Ludmilla nas redes sociais, foi denunciado, nesta segunda-feira (30/5), pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O promotor de Justiça Márcio Nobre solicitou medidas de proteção à artista, para que o acusado não se aproxime dela e nem compareça em espetáculos em que ela esteja confirmada.
“O denunciado ofendeu a dignidade da vítima, demonstrando desapreço e desrespeito, sendo certo que não foi a primeira vez que assim agiu”, disse o promotor em nota enviada à imprensa pelo Ministério Público. Hélder já responde na Justiça por crime de tentativa de homicídio (2009) e agora poderá ser condenado a até três anos de prisão e multa. O crime virtual acontece no último dia 22 de maio. Através do Instagram, o professor de capoeira disparou comentários de ódio para Ludmilla como “macaca” e “criola nojenta”. A cantora registrou o caso na Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI) do Rio de Janeiro.
Durante depoimento, antes de confessar a autoria das mensagens, o acusado contou diversas histórias diferentes, chegando a relatar que o celular teria sindo roubado. Ainda em seu depoimento, Helder afirmou que estava arrependido dos ataques racistas e que era fã da cantora. “Ele disse que é fã da cantora e que faz musculação ouvindo a música de Ludmilla. Trabalha vendendo suplemento alimentares pela internet e que isso o prejudicou porque as pessoas estão esperando ele se retratar. Hélder afirmou estar arrependido e disse que não sabe porque fez aquilo. Ele também disse que não é racista e que tem um avô negro”, disse o delegado Alessandro Thiers ao ‘Ego’. Até o momento ele vai responder o processo em liberdade, mas a qualquer hora a decisão da Justiça pode mudar.
LUDMILLA NÃO PERDOA O AGRESSOR
A dona do hit “24 Horas Por Dia” declarou durante sua participação no programa ‘Fantástico’, na noite do último domingo (29/5), que não perdoa o empresário pelo crime de injúria racial. “Chorei na hora que li. Veio emoção, tudo junto, tristeza, raiva, uma vontade de fazer alguma coisa naquela hora, mas não dava porque eu estava dentro do avião. […] Joga um copo de vidro no chão, ele vai querer. Pede desculpa para ver se ele vai voltar [inteiro] de novo. Não vai! Então, ele vai pagar pelo que ele fez e eu não quero nem contato com essa pessoa”, desabafou Ludmilla.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Ludmilla sofre com o crime de injúria racial. Durante o Carnaval carioca desse ano, a socialite Val Machiori disparou comentários preconceituosos em relação ao cabelo da artista, que desfilava pela escola de samba Salgueiro.