Custo de cada caixa do medicamento varia entre R$250 e R$ 300
Um medicamento para tratamento da esquizofrenia e de outros transtornos mentais está em falta na Bahia. Nesta sexta-feira (09), a Defensoria Pública da União no Estado (DPU-BA) informou à Justiça que o remédio Olanzapina, que deveria ser fornecido pela União de maneira contínua, não está disponível.
O comunicado foi enviado pelo defensor regional de Direitos Humanos na Bahia, Vladimir Correia, à 4ª Vara Federal da Justiça Federal da Bahia. O custo de cada caixa do medicamento varia entre R$250 e R$ 300.
A ação foi ajuizada no ano passado pelo Estado da Bahia para que a União restabelecesse o estoque dos medicamentos de aquisição centralizada, dentre eles a Olanzapina. A substância pertence ao Grupo 1A, do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). É de responsabilidade da União financiar, adquirir e distribuir os medicamentos desse grupo aos Estados, para que estes repassem à população.
De acordo com Correia, a Olanzapina já havia ficado em falta por longo período em 2019. Estima-se que duas unidades de saúde mental de Salvador atendem cerca de 3,5 mil pessoas que precisam fazer uso contínuo da medicação, sem contar os pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e aqueles que residem e fazem tratamento no interior da Bahia.
Segundo especialistas, a falta do medicamento pode agravar severamente os episódios de crise, causando intenso sofrimento psíquico aos pacientes e aos seus familiares.
No último dia 23, o defensor regional de Direitos Humanos substituto, Gabriel César, enviou ofício ao secretário de atenção especial do ministério solicitando informações sobre a regularização do fornecimento do medicamento Olanzapina no Estado. O defensor questionou qual seria a pendência que impede a regularização do fluxo e se há prazo de fornecimento.
Fonte: https://bahia.ba/