O músico e youtuber ‘emo’ de Nova York, que discutia o uso de drogas em suas músicas, postou um vídeo horas antes da sua morte
Lil Peep, um rapper de 21 anos de Nova York que estava em plena ascensão, morreu nesta quinta-feira, depois de ser levado ao hospital em aparente overdose. Gustav Åhr, verdadeiro nome de Peep, falava de drogas e de depressão em suas músicas, uma combinação que pode tê-lo levado à morte. Ao jornal britânico The Guardian, seu empresário, Adam Grandmaison, confirmou a suspeita de overdose, que exige exames toxicológicos para comprovação.
Também conhecido por seus vídeos no YouTube e sua forte presença nas redes sociais, o músico chegou a postar um vídeo no Instagram nesta quarta, horas antes de morrer. No vídeo, ele dizia ter tomado medicamentos prescritos e outras substâncias e garantir estar “bem”. “Não estou doente.”
O mundo do rap amanheceu com homenagens a Lil Peep. Diplo escrevendo no Twitter que ele “ainda tinha muito mais para fazer” e que o inspirava “constantemente”.
? RIP LIL PEEP ? pic.twitter.com/7dcbMi9PJ7
— PizzaSlime (@Pizzaslime) 16 de novembro de 2017
O rapper Post Malone disse que Åhr era “um grande amigo e uma pessoa excelente” e que “sua música mudou o mundo”.
Lil Peep despontou com uma série de mixtapes lançados por conta própria, em que se destacava um lirismo “emo”, presente também em seu vestuário, em que tons de rosa claro eram constantes. Estiloso e todo tatuado, também chamou a atenção do mundo da moda — fez desfiles para pessoas como Vlone, e Mario Testino fotografou-o para a revista V. Em agosto deste ano, lançou seu álbum de estreia, Come Over When You’re Sober (Part One).
Sarah Stennett, CEO da First Access Entertainment, empresa que se associou ao rapper no ano passado, se disse “chocada” com a morte. “Estou chocada e com o coração partido. Eu não acredito que a Peep quisesse morrer, isso é tão trágico. Ele tinha uma grande ambição e sua carreira estava florescendo. Eu falei com sua mãe e ela me pediu para transmitir a todos que sente muito, muito orgulho dele e de tudo o que conseguiu em sua curta vida.”
Fonte: http://veja.abril.com.br