Elas causam a maior parte das dermatites nos pets, especialmente entre os felinos. Como evitar?
Nos Estados Unidos, em dez anos, os casos de dermatite em decorrência das pulgas cresceram 12% em cães e 67% em gatos, de acordo com um levantamento com 3 milhões de animais feito pelo Hospital Veterinário Banfield.
“No Brasil, não temos uma base de dados como a americana”, diz o veterinário Filipe Dantas-Torres, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Recife. “Mas, até em razão do nosso clima tropical, esses parasitas externos são, sim, prevalentes e causa comum de alergia“, esclarece.
E se engana quem pensa que gato de apartamento está livre do problema. Esse equívoco, aliás, pode ser um dos motivos do aumento do perrengue nos felinos. Veja: o cachorro do vizinho volta do passeio com os intrusos no pelo. Dali eles saltam para todo o andar, indo parar no gato desprotegido que vive ao lado.
“A saída é fazer um controle sistemático das pulgas nos animais domésticos”, recomenda Dantas-Torres. Ou seja, dar antipulgas adequados.
Confusão na pele
Coceira constante e falhas no pelo na região dorsal, na cauda e no abdômen sinalizam que o pet está infestado de pulgas. Essas são reações do organismo a uma proteína deixada pela saliva do parasita quando ele pica o animal.
“Também podem surgir lesões no lábio, sobretudo no gato, que tem uma língua mais abrasiva e costuma se lamber muito”, nota o veterinário Paulo Sérgio Salzo, professor das universidades Metodista e Anhanguera, em São Paulo.
Previna a infestação com os diferentes produtos antipulga
Comprimido: É mastigável e deve ser usado uma vez por mês. Com essa frequência, mata o parasita antes que bote ovo.
Pipeta: É aplicado na nuca do animal para ele não lamber o líquido. O efeito dura de um a três meses.
Coleira: Tem eficácia de oito meses, mas muitos gatos têm alergia também ao material com que é feito o acessório.
Xampu: O efeito é pouco duradouro, de um ou dois dias. Para o gato que não gosta de banho, pode gerar estresse.
Fonte: saude.abril.com.br