A Microsoft Research anunciou que está trabalhando no Projeto Silica, um novo tipo de armazenamento de dados feito a partir de um disco de vidro. Seu potencial indica que seria possível guardar perto de 3,5 mil filmes ou 1,75 milhão de músicas por mais de 10 mil anos.
Quem está comandando os testes é a parte de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa de Redmond. Segundo a companhia, a tecnologia usa pixels tridimensionais chamados voxels para guardar os dados. A Microsoft afirma que as “placas de vidro do tamanho de pires do Projeto Silica armazenarão dados por milhares de anos e criarão armazenamento sustentável para o mundo”.
Para efeito de comparação, um HD padrão costuma durar perto de cinco anos, dependendo da forma e frequência que é usado. Já o SSD tem previsão de duração de pouco mais de 22 anos.
Armazenamento em disco de vidro ainda está distante
Por outro lado, a empresa afirma que o Projeto Silica ainda precisa de três ou quatro estágios de desenvolvimento para ser usado comercialmente. O objetivo do produto é guardar os dados por muitos anos até eles serem necessários. Vale apontar que assim que as informações forem salvas, os dados dentro do vidro não poderão ser alterados.
O processo foi descrito pela Microsoft:
“Os dados são armazenados em vidro a partir de um processo de quatro etapas: escrita com um laser de femtossegundo ultrarrápido, leitura através de um microscópio controlado por computador, decodificação e, finalmente, armazenamento em uma biblioteca. A biblioteca é passiva, sem eletricidade em nenhuma das unidades de armazenamento. A complexidade está dentro dos robôs que carregam enquanto ficam ociosos dentro do laboratório, despertando quando os dados são necessários. Eles sobem nas prateleiras, buscam o vidro e depois voltam para o leitor”.
Na prática, o Projeto Silica serviria para criar arquivos permanentes de milhares de conteúdos, como músicas, filmes, games e imagens. O Elire Group, por exemplo, está trabalhando próximo dos pesquisadores da dona do Windows para o seu “Cofre Global de Músicas” na Noruega. Assim, o foco seria o de “criar um arquivo permanente que não só resista a pulsos eletromagnéticos e temperaturas extremas, mas também seja ecologicamente correto”.
Fonte: tecmundo.com.br/