Com apenas 11 anos, Amanda Reis já é uma campeã. Praticante de Ginástica Rítmica, a jovem atleta acumula títulos em sua curta carreira no esporte e desponta como uma das promessas do estado para a modalidade. Entretanto, assim como acontece com outros competidores baianos de alto rendimento, a jovem ginasta luta por apoio financeiro para seguir na carreira e precisa de patrocinadores para dois importantes compromissos na temporada: convidada para participar de torneios na Bulgária e Chile, a soteropolitana não tem condições de arcar com os custos para os locais de disputa e corre contra o tempo para conseguir patrocinadores que se interessem pelo seu projeto esportivo.
“Em 2014, na busca por novos talentos, eu vi a Amanda em uma competição escolar e conversei com a sua professora dizendo que ela tinha futuro no esporte. Ela me disse que achava difícil por conta da preocupação da mãe em levar a filha para um esporte de alto rendimento, que impõe uma dedicação maior da pessoa. O tempo passou e no início de 2015 eu trouxe para Salvador a treinadora Camila Ferezin, da Seleção Brasileira, e comentando sobre o caso, ela insistiu em chama-la e entrou em contato com a sua mãe para Amanda fizesse um curso aqui. Depois disso fomos conversando e ela acabou ficando, mostrando as habilidades e a dinâmica que tinha”, afirma a treinadora Joseane Coelho, em entrevista ao Bahia Notícias.
Diretora do clube de Ginástica Olímpica e Rítmica da Bahia (Gorba), entidade esportiva criada desde a década de 90 e que já revelou atletas de projeção nacional como Camila Nunes, Marcela Menezes, Mariana Borges e Gabriela Brentan, Joseane destaca as qualidades de sua aluna e potencial que pode ser atingido por Amanda na atual temporada. “Uma das coisas importantes na Ginástica Rítmica além da flexibilidade é a elegância, a desenvoltura na quadra, e ela desde cedo começou a mostrar esse diferencial para a prática do esporte. Com isso, trabalhamos 2015 de uma forma mais controlada e levamos para realizar alguns treinos e competições pelo Brasil”, complementou. Como consequência de seu treinos e condicionamentos, a jovem baiana foi campeã estadual no aparelho arco e se tornou representante do Nordeste no Torneio Nacional, além de conquistar diversas medalhas em competições por todo o país.
Com o número de títulos e reconhecimento no cenário, outras oportunidades surgem para Amanda Reis. Porém, grande parte destes novos eventos esbarram na falta de um patrocinador que ajude com os custos de passagem e hospedagem para as viagens que acontecem não só no Brasil quanto para outros locais no mundo. “Em seu primeiro ano ela conseguiu trazer os títulos, mas nesse período tudo funciona como uma escada. Subindo um degrau por vez para evoluir. O problema é que perdemos muitas oportunidades por questão financeira mesmo e isso complica no desenvolvimento da atleta”, confessa Rosana Macedo, mãe de Amanda e a maior entusiasta para a evolução de sua filha no esporte. “Esse ano tínhamos a oportunidade de disputar o Campeonato Brasileiro, mas não tínhamos condições de viajar para Manaus”, admite.
Da esquerda para a direita: Rosana Macedo, Amanda Reis e Joseane Coelho | Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Com orçamento curto, Rosana e Joseane realizam um planejamento estratégico para viabilizar o melhor para Amanda e seguem disputando as competições que são possíveis. Mesmo assim, o atual momento da atleta torna inevitável que maiores investimentos sejam realizados nas novas empreitadas. “A Amanda foi convidada para dois eventos importantes. Temos um torneio no Chile em agosto, que vai reunir atletas de vários países por lá, e nos últimos dias recebemos o convite para um ciclo de treinamentos na Bulgária, uma das melhores escolas do mundo para as atletas”, afirma Rosana, que recentemente conseguiu uma reunião com a Sudesb e viu a viabilidade em relação a uma das demandas pretendidas. “Tivemos uma reunião com o Superintendente da Sudesb, Elias Dourado, que nos garantiu a passagem de Amandinha para a Bulgária. O problema é que ainda existem outros gastos como a passagem para a treinadora, hospedagem e alimentação. Com nosso melhor orçamento, temos que levantar R$ 7 mil até a próxima segunda (20), que é o dia da viagem. Sem ele, não podemos realizar isso porque não posso mandar uma garota de 11 anos sozinha na Europa”, lamentou.
Para o Chile, Amanda tem outra estratégia a longo prazo. Com a ajuda de parentes e amigos, a esportista tem uma página no site colaborativo kickante, onde espera levantar os fundos necessários para viajar ao país sul-americano. Precisando de uma quantia de R$ 25 mil, ela já tem R$ 520 em doações. “Quando você vê seu filho subir no pódio em tão pouco tempo no esporte, se emociona. Meu papel como mãe é apoiar, fazer de tudo para ajudá-la a realizar esse sonho. Hoje em um mundo com tantos garotos envolvidos em coisas ruins e você vê a sua filha conciliando estudo com esporte de uma forma boa, dando orgulho, tenho que dar todo o apoio possível. O meu medo é não poder oferecer pra ela o que seja possível para que Amanda consiga evoluir e seguir no esporte que tanto ama”, completou Rosana.
Para aqueles que queiram apoiar Amanda Reis em sua carreira esportiva, podem conhecer um pouco da atleta na página da campanha no facebook (clique aqui) ou no próprio kickante (clique aqui), onde é possível fazer doações em relação à viagem da atleta para o Chile. Já para aqueles que se interessem em apoiar à ida para o ciclo de treinos para a Bulgária, podem entrar em contato pelo número de Rosana Macedo (71 98202-6585)