Os sucessivos escândalos ligados à corrupção deram frutos: a falta de confiança da população brasileira nos políticos chegou ao fundo do poço.
É que os representantes tupiniquins são os menos confiáveis do mundo de acordo com o Relatório Global de Competitividade, publicado pelo Fórum Econômico Mundial nesta semana.
O estudo avalia 137 países sob vários aspectos. De Estados Unidos a Suíça a Chade e Zimbabwe, declarado oficialmente a nação mais pobre do mundo. Ocupamos a última posição da categoria.
O levantamento surpreendeu o cientista político Christian Lohbauer, que avaliou a “conquista” como um diagnóstico justo do momento pelo qual o Brasil vive: “até a mim surpreende ter ficado em último lugar. A pesquisa é fotografia de uma situação, mas não tem efeito para provocar reação mais organizada. O que está acontecendo é colapso geral nas instituições e já está vindo a reação, mas ela não vem de um ano para o outro”.
Na avaliação do especialista em política internacional da USP, a péssima colocação não será suficiente para pressionar o Governo Brasileiro a adotar medidas que tirem o país do último lugar, que também tem caráter simbólico.
O relatório da entidade que organiza os encontros de Davos também constata uma evolução no aspecto institucional brasileiro, principalmente no que diz respeito no combate à corrupção.
O Brasil subiu 11 posições no quesito. A melhora se deve, pelo menos em parte, às investigações da Lava Jato, comentou Christian Lohbauer: “a Lava Jato que dá o resto de credibilidade que ainda permanece nas instituições brasileiras”.
O Brasil também conseguiu interromper a série de quedas registradas desde 2013 e subiu uma posição no ranking do Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral. O país agora ocupa a 80ª colocação entre as nações avaliadas.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
Fonte: http://jovempan.uol.com.br