Após prender sete suspeitos de integrarem uma quadrilha de apostadores que manipula resultados de futebol, a Polícia Civil de São Paulo prendeu um oitavo elemento, este suspeito de ser o líder do esquema, na noite desta quarta-feira no Rio de Janeiro.
O nome do detido é Márcio Souza, de 36 anos. A informação foi inicialmente publicada pelo site ‘Globoesporte.com e confirmada pela reportagem com fontes ligadas a investigação.
Souza será encaminhado para a 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), em São Paulo, ainda na noite desta quarta.
Empresário de jogadores, ele já foi atleta e, segundo a investigação, teria atuado na Indonésia, um dos países dos apostadores beneficiados pelo esquema da quadrilha.
Ele se juntará a outros detidos, todos acusados de aliciarem jogadores e treinadores para fraudar resultados das partidas com o pagamento de propinas.
Uma vez que o placar estava combinado, a informação era repassada para um rede de apostadores na Ásia (segundo a investigação: China, Indonésia e Malásia), que se beneficiavam e acabavam lucrando.
Entre os presos, está Carlos Henrique Franco Luna, 33, ex-goleiro do América-SP. Há ainda um homem de São Paulo, dois de Bauru, um de Sorocaba, um de Maracanaú (CE) e um no Rio de Janeiro. Os outros dois procurados são do Rio de Janeiro e de Rio Grande do Norte. Os dois mandados de busca e apreensão são para o Rio de Janeiro.
A OPERAÇÃO DESDE 2015
Neste ano, seis clubes do interior de São Paulo admitiram ao jornal “Folha de S.Paulo” que jogadores foram sondados para que suas equipes perdessem jogos favorecendo apostadores. A reportagem informou que dirigentes e jogadores dessas equipes foram procurados desde meados de 2015 para que forjassem resultados em troca de dinheiro.
Antes, o jornal “Diário de S.Paulo” revelou que os jogadores do Barueri receberam uma proposta de US$ 25 mil para que o time perdesse por mais de três gols para o Rio Preto um compromisso pelo Paulista da Série A-3, em 11 de fevereiro.
Segundo as delegadas que acompanham o caso, Kelly de Andrade e Margarete Barreto, a investigação teve início de 2015, após inquérito do Ministério Público e ainda está nas fases iniciais, em segredo de Justiça.