Andréia Schwartz disputou vaga na Assembleia em 2010 e hoje mora no exterior
Em 2008, a capixaba Andréia Schwartz conheceu a fama nacionalmente mesmo morando nos Estados Unidos. Apontada como pivô da renúncia do ex-governador de Nova York Eliot Spitzer, presa por explorar a prostituição e por porte de drogas e, em seguida, deportada dos Estados Unidos para o Brasil, dois anos depois ela surpreendeu ainda mais a todos quando decidiu entrar para a política e se lançar deputada estadual.
Andréia Schwartz aceitou, na época, convite para posar em revista masculina.
Na eleição de 2010, a empresária disputou uma vaga na Assembleia pelo PRP e alcançou 476 votos. Em seguida, chegou a cursar Gestão Empresarial em uma faculdade, na época em que viveu no Espírito Santo.
Após sete anos longe dos holofotes, A GAZETA foi tentar descobrir como e onde está a capixaba.
Aos 40 anos, Andréia contou que está em uma temporada na Europa com a família. Ela passou por Ibiza, na Espanha, e está em Londres, onde mora a irmã e o filho dela estuda.
Na época da pré-campanha de 2010, Andréia disse que nunca havia pensado em ingressar na vida política e que foi procurada pelo PRP. Para ela, o fato de o partido ser progressista foi decisivo para a escolha.
Ela também aceitou, na época, pois pretendia não ser mais lembrada pelo episódio que a tornou famosa, que a levou, inclusive, a aceitar um convite para posar nua para uma revista masculina.
No anúncio de sua candidatura, disse que iria “adotar no Brasil tudo aquilo de bom que aprendeu lá fora”.
Hoje, Andréia considera um erro ter entrado para a política. “Era extremamente ingênua, não conhecia nada politicamente falando. Fomos usados como isca para eles atingirem o objetivo deles. Tive que aprender na marra a enxergar quanta sujeira tem na política”, disse.
Ela afirma ter sido vista, na época, como uma ameaça pelos outros candidatos.
“É triste ver como agem no nosso Estado e país. Um sonho seria se nossos governantes e representantes agissem como aqui na Europa, uma política com princípios e dignidade”, afirmou.
A polêmica
Até 2006, Andréia morava em uma área nobre de Manhattan, em um apartamento avaliado em US$ 1,2 milhão. Mas naquele ano, foi acusada de exploração de prostituição e tráfico de drogas.
Ela ficou presa por um ano e meio, até que, em 2008, foi a pivô de um escândalo que derrubou o então governador de Nova York, Eliot Spitzer. Na época, a imprensa americana afirmou que ela teria trabalhado no clube de prostituição de luxo frequentado por Spitzer e depois montado uma agência de exploração de mulheres em sua casa.
O político não resistiu ao constrangimento e renunciou ao cargo. Apontada como uma informante do FBI (a polícia federal dos EUA) na investigação sobre o governador, Andréia sempre negou ter participação na queda dele e no comando de uma rede de prostituição.
Fonte: gazetaonline.com.br