A Petrobrás informou nesta quarta-feira, 1.º, que finalizou, por meio de sua subsidiária Petrobrás America Inc. (PAI), a venda de 100% de suas ações nas empresas que compõem o sistema de refino de Pasadena, nos Estados Unidos, para a multinacional americana Chevron.
A conclusão do acordo marca o fim de um polêmico projeto da empresa brasileira, que trouxe severos prejuízos à petroleira. A compra da refinaria de Pasadena, em 2006, desencadeou uma investigação sobre corrupção. A refinaria, porém, custou cerca de US$ 1,2 bilhão (quase R$ 4,8 bilhões) à companhia.
A compra de Pasadena foi realizada em duas etapas. Em 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, a Petrobrás, com o aval do conselho de administração, pagou US$ 360 milhões à empresa belga Astra Oil por 50% da refinaria. Em 2012, a Petrobrás pagou mais US$ 820 milhões pelos 50% remanescentes.
Um ano antes, o grupo belga havia desembolsado apenas US$ 42 milhões (cerca de R$ 160 milhões) por 100% da unidade. Na época da liberação da transação, a presidente cassada Dilma Rousseff presidia o conselho da estatal.
O fechamento da transação ocorreu nesta quarta-feira com o pagamento pela Chevron à subsidiária da Petrobrás de US$ 467 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 117 milhões de capital de giro, total que será ajustado posteriormente para refletir a posição da data do fechamento.
“A operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor aos nossos acionistas”, disse, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Fonte: www.msn.com/pt-br