Vivemos um tempo de luto e de lutas. Loto em razão das grandes, mas também de lutas para não perdermos.
As duas expressões por mais que parecem com um jogo de palavras, são por demais difíceis, mas necessárias para a realidade da qual fazemos parte. Todos os seres viventes são como que envolvidos pelo sentimento, ou composto de sentimentos, desejos e vontades.
E o que é comum na vida humana é a luta incessante pela vida, ou melhor a defesa de ideia de imortalidade, de modo que estamos a todo instante, de uma maneira ou de outra, negando a possibilidade de perdas de entes queridos nossos.
É claro que vemos a todos instante perdas significativas de pessoas queridas nossas, e como doí ver uma mãe quando perde seu filho, principalmente quando este é surpreendido da forma mais brutal que possa existir! O mesmo ocorre com a perda de uma esposa, de um esposo, de um pai e de uma mãe, ou até mesmo que uma pessoa da nossa convivência.
É como se estivesse abrindo um imenso buraco, e uma sensação de vazio parece tomar contar de todo ser, inclusive da casa, do trabalho, etc. parece que o mundo desabou; todos os sonhos e projetos parecem transformar na maior negatividade, tudo vem à toma como se fosse irreal, um enorme pesadelo, tornando impossível fugir dele.
O tempo como que não quer acabar.
É um tempo de dor, de sofrimento, de tristeza, de solidão e de desolação, enfim a vida precisa continuar, mas de que forma? E se pudéssemos dizer para Deus, além das perguntas um tanto que precipitadas, Por que Deus? Logo agora? Por que Ele, ela?, “Não tira, Senhor, esta pessoa da minha vida”! Não esquecendo ainda que a dor que bate no peito é proporcional ao tamanho do amor que há neste mesmo coração. Mas não devemos esquecer que Deus reservou uma outra vida, a eterna para todos, cujas alegrias são incomparáveis as já vividas no mundo físico, material…. Quem foi, foi para ser acolhido pelo Pai.
Mas o que faz aumentar a dor do luto é exatamente a forma tão absurda como vem ocorrendo em nossas sociedades, jovens são arrancados do seio da sua família, do convívio social, com todo um projeto de vida, fazendo prevalecer a irracionalidade, o paganismo.
Precisamos nos unir, para encontrar uma saída.
Ajudemos tantas famílias enlutadas com palavras que possam fazê-las olhar para frente com otimismo e esperança, mas lembrando que é necessário, em primeiro lugar, que você o deixe expressar sua dor, permitindo que ele(a) demonstre a saudade da forma que puder; Não o impeça de chorar e não lhe exija ser mais forte; Seja paciente com as reações diferentes e inesperadas do enlutado.
Enfim, escute, mesmo que as lágrimas dela não sejam as suas, mas seja capaz de chorar interiormente, ou até deixando que as suas lágrimas caiam, com isto enxugará as dela(e).
(Pe.Rosival Gomes da Silva)