A cantora promoveu show no sábado (27) que causou aglomeração. Pelos vídeos divulgados pela própria artista, é possível observar centenas de pessoas sem máscara, apesar de o uso do equipamento ser obrigatório na cidade.
A assessoria de imprensa da cantora Claudia Leitte se manifestou nesta segunda-feira (29) após a artista ser criticada por gerar aglomerações em um show no estacionamento do Espaço das Américas, na Zona Oeste de São Paulo, no sábado (27).
Em comunicado, a assessoria da artista informou que o show foi realizado “respeitando todas as normas de saúde impostas pelo governo de São Paulo. Só era possível entrar no local comprovando a vacinação completa da covid-19 e, além disso, o evento foi feito com capacidade reduzida, com apenas 3 mil pessoas”.
“É válido mencionar que assim como o show de Claudia, outros tantos vêm acontecendo no Brasil e não foram criticados ou colocados em xeque em relação aos cuidados com a saúde do público. E não só shows, como também rodeios e estádios de futebol”, completou.
Pelos vídeos divulgados na rede social da própria cantora, é possível observar centenas de pessoas sem máscara, apesar de o uso do equipamento ser obrigatório na cidade.
A cantora se apresentou em um trio elétrico (veja vídeo ).
Na mesma rede social, Claudia Leitte disse que o evento foi realizado com limitação de público, exigência de comprovante de vacinação e “outras exigências sanitárias estabelecidas pela Secretaria de Saúde de São Paulo”.
A média móvel diária de mortes por Covid–19 registrada no estado foi de 61 pessoas na quarta-feira (24). O valor é 34% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta na pandemia. Já a média diária de casos é de 1.289, valor 10% maior do que o de 14 dias, o que aponta tendência de estabilidade.
Aglomerações em shows têm sido frequentes em outras partes do país com o retorno de apresentações para o público. No interior de São Paulo, um show de Gusttavo Lima reuniu 35 mil pessoas. Em Mossoró, imagens do público no show do cantor João Gomes repercutiram nas redes sociais (leia mais aqui).
Máscaras em SP
O uso da máscara ainda é obrigatório em ambientes externos em São Paulo. O governo de São Paulo anunciou que vai liberar uso em ambientes externos a partir do dia 11 dezembro, apesar de ainda não ter atingido a meta estipulada pela própria gestão estadual de redução de indicadores da pandemia.
Variante ômicron
O surgimento da variante ômicron também está deixando autoridades sanitárias em alerta. A variante foi detectada na África do Sul e já chegou a Israel, Bélgica e Hong Kong. Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.
Na sexta-feira (26), a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo anunciou um novo monitoramento das cepas do coronavírus em circulação na capital em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, qualquer outra medida de resposta à possível chegada da nova variante ao Brasil não pode ser tomada ainda por conta da escassez de informações sobre ela. Os técnicos da secretaria devem ter uma nova reunião na segunda-feira (29) para decidir quais medidas devem ser adotadas no âmbito da Vigilância Epidemiológica municipal.
O secretário informou que os sequenciamentos serão feitos em um esquema parecido com o que foi adotado para detectar a variante delta. A diferença é que, no caso da delta, a parceria foi feita com o Instituto Butantan, ligado à Secretaria Estadual da Saúde.
Neste domingo (28), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul e que desembarcou em Guarulhos, na Grande São Paulo, testou positivo para a Covid-19.
Não há confirmação se o caso é da variante ômicron. O paciente, que já está em isolamento, é vacinado, segundo a agência. É um homem, de 29 anos, morador de Guarulhos, que está em casa e tem apenas sintomas leves da doença.
Em nota, o Ministério da Saúde ressaltou que “não foi identificado nenhum caso confirmado da variante B1.1.529 [a ômicron] no Brasil” e informou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do estado de São Paulo também realiza o rastreamento e monitoramento dos outros passageiros e tripulantes do voo.