Levantamento afirma que esta é a “primeira vez que muitos casos e aglomerados de varíola são relatados simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de casos de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), zoonose viral capaz de infectar humanos e que está em surto na Europa e na América do Norte, passou para 780 e atinge 27 países não endêmicos para a doença. Na semana passada, a entidade informou que 550 episódios tinham sido confirmados e afirmou que, apesar do surto, a vacinação em massa não era recomendada.
O novo balanço, com dados de 13 de maio a 2 de junho e foi divulgado no último sábado, 4, informa que o risco global da doença é considerado moderado por ser a “primeira vez que muitos casos e aglomerados de varíola são relatados simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos em áreas geográficas da OMS amplamente díspares”.
Segundo a entidade, o salto de casos representa um aumento de 203% nos episódios confirmados laboratorialmente desde 29 de maio, quando o levantamento indicava 257 casos da doença confirmados em 23 países não endêmicos.
Análises preliminares sobre os primeiros casos demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.
Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores. Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.
Fonte: veja.abril.com.br