Descobrir o que habita o espaço extraterrestre é curiosidade de muita gente. E, para alegria dos interessados, a NASA não brinca em serviço. A nova empreitada da agência é o lançamento de um caçador de planetas, com a missão de encontrar a Terra 2.0. Isso mesmo: o novo telescópio será enviado à órbita e vasculhará o espaço para identificar planetas jamais catalogados.
O brinquedinho da agência norte-americana atende pelo nome de TESS e é poderoso para cumprir com louvor a sua missão. Para se ter noção, hoje conhecemos cerca de 3,5 mil exoplanetas — planetas que não pertencem ao sistema solar. Com o TESS, a expectativa é de chegar a 20 mil; o número é espantoso, mas, segundo os pesquisadores, devem existir 100 bilhões deles pela galáxia.
Como funciona
A estratégia dos pesquisadores e desenvolvedores do TESS — que são do MIT — é dividir o céu em duas partes: Norte e Sul. A parte sul será rastreada no primeiro ano e a norte, no segundo. Cada uma será dividida em 13 setores, e o TESS vasculhará cada um dos setores por 27 dias.
Nele há quatro ultra grande angular, com sete lentes cada uma, destinadas a focar as estrelas. Os sensores CCDs utilzados no TESS têm 100 microns de espessura, capazes de captar luz intravermelha 100 vezes melhor que um iPhone, segundo a comparação dos pesquisadores. As câmeras comercializadas atualmente contam só com 2 ou 3 CCDs.
Ao final dos 2 anos, o telescópio terá analisado 85% do céu, uma verificação 350 vezes maior que a do Kepler, o equipamento que atualmente está fazendo esse serviço nos ares.
O Kepler está morrendo aos poucos e precisa ser substituído, depois que teve os seus motores danificados e perdeu seu poder de orientação.
Em busca da Terra 2.0
O TESS investigará o universo, e os seus relatórios servirão como uma espécie de lista de tarefas para o JWST. Esse segundo vasculhará o céu a fim de encontrar planetas de tamanhos próximos ao da Terra, orbitando estrelas semelhantes ao Sol.
Para os cientistas, basta o estudo dos raios de luz emitidos por esses planetas para determinar sua massa, sua atmosfera e a presença de água e até vida lá.
Os dados coletados pelo TESS serão baixados pela NASA todas as vezes em que o telescópio passar pela Terra, o que acontecerá a cada 13,7 dias.
Fonte: tecmundo.com.br