Após muita polêmica em torno do assunto, o Ministério Público Estadual expediu uma recomendação aos frigoríficos do município de Miguel Calmon, no Centro-Norte da Bahia, para que suspendam o abate de jegues. Até o final deste ano, estava previsto o abate de 2 mil jegues no município.
Os frigoríficos Piemonte da Chapada e Regional da Chapada Norte foram notificados na última segunda-feira (18/7) e têm até hoje para comprovar “o encaminhamento dos animais para pastagem, com disponibilização de água, alimento, tratamento e abrigo adequados”, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal.
A recomendação foi expedida pelo promotor de Justiça Pablo Antônio Cordeiro de Almeida, que pediu ainda que os frigoríficos apresentem guias de trânsito dos animais e os exames sanitários relativos aos jegues custodiados nas dependências do frigorífico ou do fazendeiro fornecedor.
Os frigoríficos também vão ter que comprovar, em laudos técnicos, que o manejo dos animais e a planta frigorífica não causa dano ou maus tratos aos jegues. Além de ter que comprovar a habilitação dos funcionários para o manejo dos animais. Os frigoríficos têm 10 dias para apresentar todos os documentos.
Cerca de 300 jegues já foram abatidos no município. A carne é usada para consumo animal e o couro será exportado para a China. Os dois mil animais vão gerar cerca de 200 toneladas de produtos.