A cantora pernambucana MC Loma, 15, está movendo uma ação contra a Start Music, produtora paulista especializada em funk que desde fevereiro gere sua carreira. Segundo a ação, o empresário Marcelo Fernandes é acusado de não repassar o valor correto dos cachês à artista.
Com cachê de R$ 20 mil em média por show, a cantora reclama que recebe apenas R$ 3.000 por apresentação e que está passando por dificuldades financeiras.
“Foram tantos planos que criamos, tantas dificuldades que passamos. E hoje eu só posso lembrar dos bons momentos. Acreditei, confiei e me decepcionei”, lamentou a cantora nas redes sociais. Em outro post no Instagram, afirmou: “Eu estou apavorada, eu estou desesperada”.
O trio MC Loma e as Gêmeas Lacração começou a carreira em fevereiro, quando emplacou o brega-funk entre as músicas mais ouvidas na internet. Antes mesmo de o hit “Envolvimento” viralizar no Carnaval, elas foram contratadas pela Start Music.
Ao UOL o empresário Marcelo Fernandes, dono da produtora, afirmou que recebeu a notificação com surpresa. “Está chato ouvir dos fãs dela que estamos roubando”. Segundo ele, o repasse mensal para Loma e as gêmeas Mariely e Mirella Santos segue como foi acordado em contrato, o que daria em torno de R$ 20 mil por mês para cada uma.
“É uma matemática simples. Com um cachê de R$ 15 mil, por exemplo, 40% é nosso e 60% é delas. São R$ 9.000 dividido entre as três artistas. Eu tenho um contrato a parte com cada uma”, afirmou. No caso das reproduções das músicas nas plataformas de streaming, segundo ele, o trio fica com 50% dos royalties.
Fernandes afirma que os valores sempre foram depositados na conta de Loma, monitorada pela mãe da cantora. “Ela não tem mais nenhum gasto com casa, roupa e clipes, tudo isso é investimento da Start”. E exemplifica: “Até o mês passado, Paloma, Mariely e Mirella viviam em um apartamento da produtora. Ela me procurou dizendo que queria se mudar e achamos que estaria tudo bem”.
O caso começou a degringolar em agosto, quando dois shows do trio foram cancelados porque a cantora não estava matriculada em uma escola, condição indispensável para o alvará de trabalho à menor de idade.
Após o episódio, a cantora se matriculou em uma escola pública. No entanto, ainda sem o alvará em mãos, a produtora cancelou toda a agenda de apresentações até o fim do ano. No total, foram 20 shows desmarcados. Fernandes afirma que o compromisso com a escola era responsabilidade da família.
“A gente quer se entender, se acertar, a intenção nunca foi prejudicá-la. Não queremos que ela saia da Start. Nenhum artista fica rico da noite para o dia”, afirmou o empresário.
Procurado pelo UOL, o trio não respondeu à reportagem.
Fonte: entretenimento.uol.com.br