Delegado confirma que bandidos não levaram dinheiro algum
A quadrilha que assaltou a Prosegur, na madrugada da última terça-feira (06), no centro de Eunápolis, usou um galpão para guardar todo o seu arsenal de guerra. O imóvel, segundo o delegado Moisés Damasceno, já foi localizado. “Não podemos dizer o local neste momento para não prejudicar as investigações. Mas podemos assegurar que ali foram guardadas as armas, a farta munição, os carros e os explosivos. No local, eles também fabricavam os ‘miguelitos, uma espécie de cruz formada por pregos entrelaçados que foram espalhados pelas rodovias para furar os pneus dos carros”, afirma o delegado.
Uma casa no bairro Gusmão também pode ter sido utilizada como base pelos bandidos. “Surgem boatos, mas até o momento não temos certeza se essa casa, que seria na Rua do Oeste, foi utilizada pela quadrilha. Todo o material que eles utilizaram saiu do galpão”, assegura.
O delegado também disse que está sendo apurado há quanto tempo a quadrilha estaria na cidade. “Uma ação dessa natureza precisa de planejamento, até ensaio sobre quanto tempo demora no deslocamento de um local a outro, mas como esses bandidos costumam se dividir em células, é possível que uma delas estivesse na cidade há quanto tempo”.
As investigações também tentam descobrir quantas pessoas participaram do roubo e se houve envolvimento de criminosos da região. “São muitas imagens para serem coletadas na cidade. Depois teremos ideia exata de quantas pessoas participaram. Sabemos que 11 veículos saíram do galpão por volta de 00h29. Não descartamos que haja pessoas da região envolvidas no ataque, mas o grupo principal não era daqui. É uma quadrilha bem organizada, que age em diversos locais do país”, frisa.
Por fim, Moisés Damasceno informa que os assaltantes não conseguiram levar nenhum dinheiro no assalto e, dado ao alto investimento feito no planejamento e execução do assalto, saíram no prejuízo. “Como houve desabamento do mezanino da tesouraria, um valor pequeno que estava sendo contabilizado ficou sob os escombros. Havia muita fumaça e eles não conseguiram pegar o dinheiro. O cofre também não foi rompido. Uma ação criminosa dessa exige investimento alto. Geralmente, muitas pessoas são pagas antecipadamente. Houve investimento grande, sem retorno”, finaliza.
A explosão do prédio da Prosegur resultou em um vigilante morto e outros cinco funcionários da empresa feridos, dois deles com gravidade. Diversas casas e lojas ficaram danificadas.
Fonte: http://radar64.com