A Justiça manteve as prisões preventivas dos ex-prefeitos de Eunápolis, José Robério Oliveira, e de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, ambos do PSD. Eles foram presos pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (15), e passaram por audiência de custódia nesta tarde. O resultado saiu pouco depois das 13h. Outro homem que foi preso na mesma investigação também vai permanecer em prisão preventiva.
Robério foi encaminhado para o Conjunto Penal de Eunápolis, Cláudia para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, e o outro homem para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista. O nome dele não foi divulgado pela Polícia Federal.
Eles estão sendo investigados por um esquema de fraudes em licitações e desvio de dinheiro público. Outros três mandados de prisão preventiva foram expedidos a pedido do Ministério Público Federal (MPF), mas os alvos não foram encontrados e são considerados foragidos.
Segundo a TV Bahia, o ex-vice-prefeito de Porto Seguro, Humberto Gattas, também teve o mandado de prisão expedido, mas a PF não confirmou se ele é o homem preso em Vitória da Conquista ou um dos foragidos. Foi determinado também o sequestro de bens e valores de cerca de R$ 11 milhões dos envolvidos.
Batizada de Operação Fraternos, a investigação da Polícia Federal e do MPF revelou, em novembro de 2017, um suposto esquema de fraudes em licitações de três prefeituras do Extremo Sul da Bahia. Nesta terça, a PF não divulgou os valores desviados, mas o CORREIO apurou que em 2019 os contratos somam R$ 200 milhões.
Os principais alvos da operação são o prefeito Agnelo Silva Santos Júnior (Santa Cruz Cabrália), que foi afastado do cargo por 180 dias, e os ex-prefeitos Cláudia Oliveira (Porto Seguro) e José Robério Batista de Oliveira (Eunápolis). Devido ao grau de proximidade entre eles (Agnelo é irmão de Cláudia, casada com Robério) e os demais investigados é que a operação recebeu esse nome. A apuração conta com apoio também da Controladoria Geral da União (AGU).
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