Estima-se que cerca de 30% das mulheres sejam acometidas pela doença em alguma época da vida. Tratar corretamente é fundamental para evitar quadros mais sérios
São diversos os motivos que levam ao surgimento da infecção urinária. A doença que afeta partes do sistema urinário como rins, ureteres, bexiga e uretra provoca uma muito desconforto por causa das dores e ardência ao urinar além da urgência miccional (várias idas ao banheiro para fazer xixi). Também pode levar a quadros de febre alta (maior que 38ºC), dor lombar e até calafrios.
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), as mulheres costumam ser mais vulneráveis ao problema. O motivo, a anatomia feminina. Os homens possuem uma extensão da uretra maior e as mulheres menor, além da maior proximidade entre a vagina e o ânus. Mas, é importante lembrar que os homens também são acometidos.
Entre 70% e 85% dos casos, a infecção urinária é provocada pela bactéria Escherichia coli, caracterizando-se como grande parte das causas bacteriana. Porém, pode ser causada também por fungos.
Como é feito o diagnóstico da infecção urinária?
Diante das queixas clínicas do paciente, o médico pede exames clínicos que deverão constatar, ou não, a doença. Quando a infecção é na bexiga (cistite), são pedidos exames de urina rotina, urocultura (exame definidor do diagnóstico), e o antibiograma. São estes dois últimos exames os responsáveis por revelar qual a bactéria está provocando a infecção no paciente, e a partir daí, definir qual antibiótico ela é sensível.
Já em casos de pielonefrite (doença inflamatória infeciosa nos rins), que de maneira geral ocorre quando bactérias presentes no trato urinário sobem pelos ureteres e chegam a um ou aos dois órgãos, outros exames podem ser necessários. Exames de imagem, como a ressonância magnética, a ultrassonografia e a tomografia computadorizada podem auxiliar no fechamento do diagnóstico do especialista.
Conheça os fatores de risco
Mulheres que estão na menopausa, a falta de uma higienização adequada antes e após o ato sexual e outros fatores podem ser considerados como de risco maior para desenvolver quadros de infecção do trato urinário. Entre os principais listados, estão:
* Menopausa;
* Cálculo renal (pedra nos rins);
* Histórico de procedimentos urológicos;
* Retenção de urina ou incontinência urinária;
* Diabetes mellitus;
* Mulheres;
* Higienização inadequada
É importante lembrar que, de acordo com especialista, quadros de cistite que não são tratados corretamente podem evoluir para a pielonefrite.
Como evitar a infecção urinária
Para previnir a infecção urinária, a primeira recomendação e talvez a mais simples dentre todas é beber bastante água e não deixar de ir ao banheiro assim que sentir vontade de fazer xixi. Ao ingestão de líquidos frequentemente faz com que você sinta necessidade de ir mais vezes ao banheiro e isso evita que a bactéria permaneça mais tempo no seu organismo.
Urinar logo após a relação sexual também é importante. O xixi “lava” a uretra impedindo que bactérias que tenham entrado em contato com o corpo durante o ato permaneçam no organismo.
Lavar sempre as mãos antes e após ir ao banheiro também é fundamental. Em caso de qualquer um dos sintomas que levem à desconfiança de um quadro de ITU é importante buscar um médico para que o diagnóstico e o tratamento correto sejam feitos. Jamais tome medicamento por conta própria. Isso pode agravar o problema.
Fonte: folhavitoria.com.br