A informação causou mal-estar entre os senadores dos EUA
O site The Hill teve acesso ao documento e detalhou a prática, “após pressão dos senadores Christopher Coons e Josh Hawley, que questionaram as políticas de rastreamento da empresa de Mark Zuckerberg”.
No documento, o Facebook assume que é capaz de identificar a localização dos utilizadores da plataforma através de informações que vão sendo compartilhadas, tais como vídeos, identificações ou anúncios no marketplace. Mas há mais. A empresa de Zuckerberg consegue ainda acessar à localização através do endereço IP do dispositivo que usa.
Rob Sherman é o vice-diretor da privacidade da empresa que assinou o documento e justificou esta estratégia da empresa com a necessidade de direcionar as publicidades exibidas. A rede social mostra esses conteúdos de acordo com a cidade ou a região em que o utilizador se encontra, mesmo que o serviço de localização tenha sido desativado.
Este documento causou mal-estar entre os senadores que recorreram ao Twitter para enviar farpas.
.@Facebook admits it. Turn off “location services” and they’ll STILL track your location to make money (by sending you ads). There is no opting out. No control over your personal information. That’s Big Tech. And that’s why Congress needs to take action https://t.co/R1LuLcP1LP
— Josh Hawley (@HawleyMO) December 17, 2019
O Facebook acredita, porém, que deve ser transparente em todo este processo e que os utilizadores devem ter a possibilidade de controlar as informações recolhidas. No documento pode ainda ler-se que, “para garantir o uso consistente e responsável da localização dos usuários”, foi criada uma equipa especializada em gerir a infraestrutura que processa esses dados.
A plataforma alega que os utilizadores têm total controlo sobre o fornecimento da localização do dispositivo. É ainda deixada a salvaguarda que a localização a que o Facebook acede sem autorização não é transmitida aos anunciantes.
Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/