Foi registrado que uma pessoa, de identidade não divulgada, morreu após contrair uma doença pulmonar decorrente do uso de cigarros eletrônicos
Autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram na última sexta-feira (23) a primeira morte em decorrência de uma doença pulmonar misteriosa ligada a cigarros eletrônicos. A morte foi confirmada pouco tempo depois do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) anunciar que centenas de casos semelhantes foram registrados.
Ainda não há detalhes sobre a idade, gênero e nem o tipo de uso que a pessoa falecida fazia do dispositivo, mas o Departamento de Saúde Pública de Illinois (IDPH) informou que a pessoa foi hospitalizada após apresentar um quadro grave de doença respiratória devido ao uso de cigarros eletrônicos.
Ainda segundo as informações do IDPH, foram confirmados 22 casos de pessoas diagnosticadas com doenças respiratórias pelo mesmo motivo, outros 12 casos estão sob investigação. Grande parte das vítimas, que têm entre 17 e 38 anos, apresentou diversos sintomas como tosse, falta de ar, cansaço, vômito e diarreia. Muitos deles tiveram uma piora gradual desses sintomas após dias ou semanas do uso dos dispositivos.
Todos os casos foram registrados próximos ao final de junho. Após apuração das causas, o CDC enviou uma notificação a médicos e autoridades de saúde de todo país para que casos semelhantes sejam relatados. Até a última quarta-feira (21), 150 possíveis casos foram registrados em 15 estados norte-americanos.
Mesmo que a causa dos 150 possíveis casos não tenha sido confirmada, todos eles possuem um histórico recente do uso de cigarros eletrônicos. O CDC descobriu uma coisa em comum entre a maioria das pessoas, que é o uso de produtos com tetrahidrocanabinol (THC), químico presente na maconha.
Especialistas argumentam que os componentes químicos do THC podem explicar as lesões por inalação observadas na maioria dos casos, mas eles não conseguem precisar se há um produto ou composto específico que esteja ligado a todos os casos registrados.
Evidências que apontam sobre os malefícios do uso de cigarros eletrônicos e vapers continuam a surgir, por isso, a diretora do IDHP, Ngozi Ezike, argumentou sobre a necessidade de alertar as pessoas sobre os perigos desses dispositivos. “A gravidade das doenças que as pessoas estão enfrentando é alarmante e devemos espalhar a mensagem de que usar cigarros eletrônicos ou vapers pode ser perigoso”, declarou em um comunicado.
Fonte: https://olhardigital.com.br