Medidas congelam bens do presidente russo, Vladimir Putin, e seu chanceler, Sergei Lavrov, em todos os países envolvidos
Os Estados Unidos, a União Europeia, o Reino Unido e o Canadá anunciaram nesta sexta-feira, 25, que irão aplicar sanções diretamente contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu chanceler, Sergei Lavrov.
Eles se juntam a uma longa lista de pessoas e entidades russas já sancionadas nesta semana. Desse modo, os bens de ambos nos países envolvidos serão congelados.
Com a nova medida, Putin se junta a Bashar al Assad, da Síria, e Alexander Lukashenko, de Belarus, como os únicos líderes mundiais sancionados pelo bloco econômico europeu.
Horas depois do anúncio em Bruxelas, foi a vez da Casa Branca confirmar as sanções, dizendo que as medidas se tratam de um sinal ao Kremlin. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também os incluiu em sua lista de sanções e declarou que o mundo precisa reagir às agressões aos ucranianos.
Por fim, o premiê do Canadá, Justin Trudeau, disse que, além de Putin e Lavrov, também irá aplicar sanções a 57 indivíduos de Belarus pelo apoio à invasão da Ucrânia. Segundo ele, o novo pacote, o terceiro do país contra a Rússia, é “coordenado e severo”.
Em resposta, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou que os anúncios são uma “demonstração da absoluta impotência de sua própria política externa”.
De acordo com um diplomata sênior do bloco europeu, as sanções podem não representar um golpe tão forte, uma vez que tanto Putin quanto Lavrov não possuem muitos ativos nesses países, porém disse que o movimento foi um sinal “politicamente importante”.
Na última quarta-feira, 23, a União Europeia já havia aplicado um pacote inicial de sanções contra a Rússia depois do reconhecimento da independência de regiões separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia.
As sanções afetaram todos os 351 membros da Duma, câmara baixa do Parlamento russo, que tiveram seus bens congelados e estão proibidos de viajar aos países do bloco. Em primeiro momento, Putin não foi afetado.
Além dos parlamentares russos, outras 27 entidades e indivíduos diretamente envolvidos na ameaça à integridade territorial da Ucrânia também foram afetados pelo pacote. Entre eles estão bancos, membros do governo, autoridades militares envolvidas nas operações em Donbas, onde ficam as regiões pró-Moscou de Donetsk e Luhansk, e pessoas “responsáveis por liderar a guerra de desinformação na Ucrânia”.
De acordo com um diplomata sênior do bloco europeu, as sanções podem não representar um golpe tão forte, uma vez que tanto Putin quanto Lavrov não possuem muitos ativos nesses países, porém disse que o movimento foi um sinal “politicamente importante”.
Apesar de ter sido aprovado de maneira unânime, houve discordância entre os membros sobre como o pacote seria aplicado. De um lado, países mais próximos economicamente ao Kremlin defendiam um tom mais brando e limitado. Do outro, nações mais próximas territorialmente, como a Lituânia, exigiam uma resposta mais dura.
De acordo com o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borell, uma terceira rodada de sanções pode acontecer em algum momento, se assim for necessário.
Fonte: veja.abril.com.br