O biólogo Kory Evans, do Departamento de Ciências da Rice University, em Houston, digitalizava os raio-X de esqueletos de peixe quando se deparou com um parasita. “Parecia que ele tinha algum tipo de inseto na boca”, conta o professor assistente. “Então eu pensei: espere um minuto, este peixe é um herbívoro, ele come algas marinhas. Foi quando eu puxei o scanner original e, vejam só, era um piolho comedor de língua.”
O parasita atua primeiramente sugando o sangue que o corpo do seu hospedeiro direciona à língua, até que o órgão termine atrofiando e caindo. Então, se torna a nova língua do peixe parasitado, passando a viver se alimentando de seu muco.
Depois disso, nada impede que a parceria entre o peixe e sua língua viva dure por vários anos. Segundo Stefanie Kaiser, pós-doutoranda da Associação Americana para o Avanço da Ciência, existem casos de peixes que até mesmo continuam sobrevivendo depois que o crustáceo que morava em sua boca já morreu.
Embora existam 380 espécies diferentes de crustáceos isópodes comedores de língua, cada um deles é adaptado para parasitar uma espécie de peixe em específico. Felizmente para a espécie humana, não existe nenhum parasita similar cujo alvo seja o Homo Sapiens.
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/