Enquanto prefeitos de outros municípios cortam da própria carne para enfrentar a pandemia do Coronavírus (Covid-19), a prefeita de Itagimirim, Devanir dos Santos Brillantino (PL), extrapola limites e contraria o Ministério Público (MP) ao nomear seu esposo e ex-prefeito da cidade, Giovanni Brillantino (Sem Partido), para o cargo de Secretário de Relações Institucionais do município com um salário de R$ 6.500 (remuneração de secretário no município, conforme o Tribunal de Contas dos Municípios – TCM-BA) e com todos os poderes da pasta em questão.
Dando continuidade aos demandos da velha política em tempos da pandemia do Coronavírus, a atual prefeita que tem se empenhado em demonstrar “preocupação” com a crise na saúde pública parece não estar adotando o mesmo comportamento quando se trata de nomear o próprio marido no último ano de mandato.
Mesmo em meio à pandemia, a prefeita tomou a decisão de demitir servidores, mães e pais de famílias que recebiam apenas um salário mínimo sob o argumento que às demissões estão acontecendo a pedido dos vereadores Júnior Andrade, Márcio da Saúde, Epaminondas, Valdirinei e Júnior do Carmo que integram a base aliada na Câmara Municipal. Uma ex-funcionária do município relatou que recebeu a notícia de sua demissão pela própria gestora.
Com essa medida adotada pelo atual governo municipal, a corda arrebentou para os servidores. A “curiosa” nomeação feita pela prefeita, coincidentemente, no período de calamidade pública tem como coadjuvante uma pandemia e cidadãos preocupados somente em resguardar a saúde e sustentar seus lares.
Devanir aproveita a cena para promover um ataque extremo contra os servidores e suas famílias que serão afetados pelas condições de vida no momento em que pessoas estão diante das maiores situações de risco frente à doença do Coronavírus. Com essa nomeação, a prefeita desconsidera a crise e, mais uma vez, protege seus apadrinhados políticos.
Neste momento de crise nacional provocada pela disseminação do Coronavírus (Covid-19), às demissões arbitrárias feitas pela prefeita Devanir Brillantino (PL) chegam como uma bomba e com tristeza em vários lares Itagimirienses. Na maioria dos casos, o salário dos servidores demitidos era a única fonte de renda de suas famílias. Este ato revela a administração truculenta da prefeita que toma a maioria de suas decisões a partir da cabeça de um “coronel”.
O modus operandi coronelista do “clã dos Brillantino” já é conhecida de todos os munícipes que relembram do episódio que o ex-prefeito Giovanni Brillantino foi afastado de seu mandato em 2008, acusado de perseguição política e uma serie de arbitrariedades.
Em entrevista a um site local, a promotora do município, Dra. Valéria Pinheiro, declarou, à época, que “as provas demonstram que Giovanni Brillantino utilizou-se do cargo para ameaçar e repreender funcionários públicos municipais, obrigando-os a satisfazerem seus interesses pessoais, além de se valer da máquina municipal para benefício próprio e de terceiro, no caso o candidato por ele apoiado”.
Fonte: http://pautabahia.com.br/