Segundo o delator Sérgio Machado, o presidente interino acertou o envio de dinheiro para a campanha de Gabriel Chalita para a prefeitura de São Paulo, em 2012.
O presidente da República em exercício, Michel Temer(Andressa Anholete/AFP)
O presidente interino Michel Temer rebateu por meio de nota nesta quarta-feira as acusações de que negociou recursos ilícitos para campanhas eleitorais com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Operação Lava Jato. Temer afirmou que “sempre respeitou os limites legais para buscar recursos para campanhas” e que “jamais permitiu arrecadação fora dos ditames da lei”.
Temer também disse que a afirmação de Machado, de que negociou com o então vice-presidente uma contribuição para a campanha do ex-peemedebista Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012, “é absolutamente inverídica”. O presidente afirmou que mantinha apenas um relacionamento “formal e sem nenhuma proximidade” com o delator.
Na delação, Machado afirmou que combinou com Temer a doação de 1,5 milhão de reais da Queiroz Galvão, dissimulado como doação oficial à campanha do “menino” – referência a Chalita, hoje no PDT e rompido politicamente com Temer.
Leia a íntegra da nota divulgada pela Presidência da República:
Em toda sua vida pública, o presidente em exercício Michel Temer sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais. Jamais permitiu arrecadação fora dos ditames da lei, seja para si, para o partido e, muito menos, para outros candidatos que, eventualmente, apoiou em disputas. É absolutamente inverídica a versão de que teria solicitado recursos ilícitos ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado – pessoa com quem mantinha relacionamento apenas formal e sem nenhuma proximidade.