O deputado federal mineiro Cabo Junio Amaral (PSL) entrou com uma representação contra Ludmilla na Polícia Federal (PF) e no Ministério Público Federal (MPF), além de requisitar uma moção de repúdio na Câmara dos Deputados por conta da música “Verdinha”, divulgada na última semana.
A letra em si não cita o nome maconha, mas de acordo com informações do Hoje em Dia, o parlamentar apontou que os versos expõem a ideia de plantar, vender e usar a droga.
Nas imagens, a carioca aparece andando entre uma plantação de alface, vestida como uma fazendeira, enquanto fuma um cigarro.
Há também momentos em que várias pessoas aparecem rindo em meio a uma plantação “enfumaçada”.
Além disso, ele também ajuizou uma notícia crime na PF e fez uma representação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o MPF apure os fatos.
“As pessoas famosas que exercem influência na sociedade e principalmente na formação de crianças e adolescentes, os chamados formadores de opinião e aqueles que têm algum tipo de exposição pública, por sua representatividade ou profissão, devem ter um elevado grau de responsabilidade em suas declarações e comportamentos.
É extremamente prejudicial, especialmente à formação das crianças e dos adolescentes, a exibição pela mídia de entrevistas, declarações, filmes, novelas, músicas ou comerciais, difundindo a droga como algo positivo, charmoso e até inofensivo.
Isso acaba reforçando a posição do dependente químico e estimulando pessoas que, de outra forma, não teriam disposição para experimentar um entorpecente”, argumentou.
Segundo a assessoria de imprensa de Ludmilla, a letra faz uma “brincadeira” em alusão ao dinheiro, usando a fumaça verde e notas de dólares para “provocar o imaginário do público, que se instiga pelo apelo visual”.
Vale dizer que em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu de forma unânime – em um processo que tratava sobre a liberação das chamadas “marchas da maconha” -, que as prisões de pessoas por vestirem roupas com estampas de folha da maconha e por defenderem a legalização da droga iriam de encontro ao princípio constitucional da liberdade de expressão.
COMEMORAÇÃO
Em meio às polêmicas, Ludmilla celebrou a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que sejam vendidos produtos à base de cannabis nas farmácias. “Isso vai ajudar muita gente”, escreveu Ludmilla ao tuitar uma notícia sobre a regulamentação.
O assunto era tratado como tabu, já que a substância desses produtos chamada THC, é encontrada na maconha, que segue sendo proibida no Brasil.
De acordo com o site do programa “Bem Estar”, “O THC altera as funções cerebrais e é a substância que provoca os mais conhecidos efeitos do consumo da maconha, droga ilegal no Brasil.
Entretanto, estudos indicam que o THC também pode ser usado como princípio ativo para fins medicinais”.
Fonte: https://namidia.news/