No início deste ano, a capsula endoscópica entrou para a lista de procedimentos e exames da ANS (Agência Nacional de Saúde), o que significa que o exame agora é coberto pelos planos de saúde sem custos para os pacientes.
Com a tecnologia, a investigação de doenças intestinais ganha novas aliadas: as câmeras que estão embutidas na pílula e são capazes de tirar milhares de fotos de dentro do corpo do paciente.
Utilizada para o diagnóstico de doenças no intestino delgado, órgão do sistema digestório com mais de cinco metros de comprimento, a ferramenta permite que o tratamento comece mais rápido, aumentando as chances de cura e recuperação do paciente — quando acontece um sangramento nessa região, os métodos convencionais podem demorar até dois anos para identificar o local exato da lesão.
A utilização da cápsula digestiva complementa os exames de colonoscopia e endoscopia, procedimentos mais invasivos.
Entre as opções de pílulas endoscópicas disponíveis, a PillCam é uma que se destaca, com a capacidade de fazer até 21 mil fotos por hora.
Como funciona
A PillCam atua dentro do intestino delgado, órgão com mais de cinco metros de comprimento. (Fonte: Medtronic/Reprodução)
A instalação do sistema e a ingestão da cápsula é um procedimento simples e não necessita de sedação. A equipe médica de serviços de endoscopia é a responsável por essa tarefa, e sua simplicidade torna a técnica indicada para pessoas mais velhas ou mais sensíveis aos exames invasivos.
A PillCam possui o tamanho de uma cápsula comum de vitaminas, mas vem equipada com câmeras de vídeo e quatro pequenos LEDs que atuam como luzes auxiliares para iluminar as gravações. Durante as oito horas em que permanece no intestino delgado, a cápsula pode gerar aproximadamente 21 mil imagens por hora (de 2 a 6 fotos por segundo), que depois serão analisadas pela junta médica de especialistas.
A pequena câmera que equipa a PillCam possui um ângulo de visão de 136°, sendo capaz de capturar diversas partes do intestino delgado. A visualização gerada possui resolução de 320×320 pixels e é capaz de indicar lesões que podem estar relacionadas à sangramento obscuro, anemia ferropriva ou doença de Crohn.
Nos últimos anos, a qualidade das imagens feitas pela PillCam tem melhorado. A imagem abaixo mostra a evolução do dispositivo em três gerações diferentes. A foto mais a direita mostra o nível de detalhamento da versão mais recente dessa cápsula digestiva que promete revolucionar o diagnóstico de doenças intestinais.
A evolução da imagem gerada pela PillCam. (Fonte: Medtronic/Reprodução)
De acordo com o Hospital 9 de Julho, de São Paulo, o conforto, a segurança e a mobilidade estão entre as vantagens do uso do método. Com a pílula, o exame pode ser feito no consultório, em casa, ou até na UTI, nos casos mais graves.
Fonte: Medtronic /tecmundo.com.br/