Funcionários dos Correios ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (15/9). Além da pauta salarial, a categoria reivindica o fim das alterações no plano de saúde e na administração da empresa.
De acordo com o Sintect (Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares), o estado de greve foi aprovado pela categoria há duas semanas em assembleias realizadas em 35 centrais sindicais de todo o país.
A reivindicação dos trabalhadores é de 15% de reajuste salarial e dos benefícios, com ganho real mais a inflação do período, enquanto que a proposta da empresa é de 9% de aumento, com pagamento dividido em duas partes (6% retroativo a agosto de 2016 e 3% em fevereiro de 2017). Para os benefícios, a proposta da empresa é de 8,74%.
Os trabalhadores também pedem mais segurança nas agências e são contra a cobrança de percentual sobre o plano de saúde, até então oferecido de maneira integral. Eles alegam que, com a cobrança, o plano deixa de ter sua característica social.
Conforme o sindicato, os trabalhadores estão receosos quanto à alteração na administração da empresa, que passou de estatal para sociedade anônima. Com isso, parte dos serviços pode ser encaminhada ao setor privado, o que coloca em risco postos de trabalho dos funcionários, além da qualidade dos serviços prestados.
A assembleia que definirá os rumos da greve será realizada nesta quarta-feira (14/9), às 22h, nas centrais sindicais de todo o país. Se aprovada, a paralisação dos funcionários começa já no dia seguinte.