A Câmara Municipal de Eunápolis aprovou moção de pesar pelo falecimento do soldado PM Antônio Elias Matos da Silva, ocorrido em combate em uma operação no distrito de Pindorama, município de Porto Seguro, no dia 11 de setembro.
O PM era natural de Buerarema, no extremo sul do estado, estava lotado na Rondesp Sul, com sede em Eunápolis, tinha 31 anos, era casado e pai de duas filhas.
A Moção foi assinada por todos os vereadores de Eunápolis, que durante a sessão ordinária desta quinta-feira (16/09) renderam homenagem ao militar e criticaram a violência crescente na Bahia, fazendo um minuto de silêncio em sua memória.
O vereador Francis Gabriel (PTC) um dos autores da Moção, disse, no pequeno expediente, que episódio representa o estado de vulnerabilidade vivenciado pela sociedade e pelos agentes de segurança. O parlamentar prestou solidariedade à PM e à família do soldado, assim como a todos outros organismos de segurança nacional.
INCLUSÃO
Outro tema que mereceu a atenção dos vereadores, nesta quinta-feira, foi a situação dos deficientes físicos em Eunápolis, cuja população, segundo dados do IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estgatística), gira em torno de 15 mil pessoas. O presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência de Eunápolis e do Movimento de Inclusão da Pessoa com Deficiência, professor Vagner Santos, emocionado, usou a tribuna livre da Câmara e convidou a comunidade a fazer parte da caminhada pela inclusão, marcada para o dia 21 de setembro, às 9 horas, com saída do início da Avenida Porto Seguro em direção a Praça da Bandeira, quando haverá uma apresentação feita pela comunidade surda de Eunápolis.
A caminhada marca o Setembro Verde, com atividades previstas até o dia 15 de outubro, em alusão à inclusão da pessoa com algum tipo de deficiência. Segundo o professor Vagner Santos, que é cadeirante, “o movimento tem a missão de colaborar na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, por todos os meios legais, e lutar por 365 dias de inclusão à saúde, educação, esporte, cultura e lazer”.
“O nosso lema é ‘nada sobre nós sem nós’ porque a maior deficiência é não reconhecer a nossa eficiência”.
TRADUÇÃO
Em seguida, falou a representante da comunidade surda, Cecília Gonçalves, cuja comunicação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) foi traduzida pela intérprete Luine Hora. Cecília pontuou a grande barreira para os surdos, especialmente na obtenção de atendimento na área da saúde, haja vista que o Hospital Regional não disponibiliza um interprete de Libras para seus pacientes.
Cecília disse que estava emocionada a ponto de “querer chorar” com a oportunidade que foi dada a ela pelo presidente da Casa, Jorge Maécio (PP) e parabenizou a instituição pelo processo de inclusão que muito contribui com o grupo de quase 200 surdos na cidade. Por fim, ela ainda destacou a necessidade de melhorias e investimentos em acessibilidade e mobilidade urbana.
Outro destaque da sessão ordinária desta quinta-feira (16/09) foi a participação da intérprete de Libras, Luine Hora, que de agora em diante vai participar de todas as sessões da Câmara de Vereadores de Eunápolis como tradutora da Língua Brasileira de Sinais.
Ao explicar a iniciativa de sua gestão, o presidente Jorge Maécio disse que “em tempos de inclusão social, não devemos excluir o ser humano com alguma deficiência. Cada um tem sua peculiaridade, mas devemos nos lembrar de que o impossível só existiu até o dia em que inventaram a superação”, afirmou o parlamentar.
Por Ascom/CME – Gotos: Milton Guerreiro