Mercado movimenta R$ 600 milhões anualmente, segundo Associação Brasileira de Vaquejadas. Mas decisão recente do STF proíbe a parte esportiva dos eventos alegando ‘maus tratos’ aos animais.
A prática da vaquejada é uma tradição no Nordeste brasileiro, citada em livros de escritores famosos, como Euclides da Cunha e Câmara Cascudo. A decisão de proibir os eventos dessa natureza, tomada pelo STF na semana passada, gerou grande polêmica, uma vez que há uma calendário nacional ainda ser cumprido este ano, além das vaquejadas previstas para o verão de 2017 já anunciadas e com atrações contratadas.
Defesa – A Associação Brasileira de Vaquejadas contesta a decisão do STF e a considera inconstitucional.“O assunto foi abordado de forma muito superficial e não conseguiu entender o trabalho que tem sido feito pelas associações, que é exatamente o de garantir uma condição de execução das provas de vaquejada preservando a condição de bem-estar tanto dos cavalos como dos bois”, disse o vice-presidente da Associação, Marcos Studart. Ainda segundo Studart, apesar de tradicional a prática se modernizou e se autorregula para preservar a saúde de vaqueiros e animais.
Serrinha-BA – “A festa vai continuar, se realmente não puder ter a prática esportiva [vaquejada], os shows continuarão. O evento já está consolidado”, afirmou ao jornal A Tarde o empresário Carlinhos da Serra, organizador da tradicional Vaquejada de Serrinha. Segundo Serra, são cerca de 200 mil pessoas que devem curtir a festa. No fim de semana da vaquejada, são criados mais de 5 mil empregos; os hotéis da cidade e de outras da região ficam com 100% de ocupação, informa o prefeito de Serrinha, Osni Araújo.
Fonte: http://bahia40graus.com.br/