Estrada dá acesso às praias de Porto Seguro, no Sul da Bahia; obras são orçadas em cerca de R$ 120 milhões
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitará Minas Gerais no próximo dia 17 de dezembro. Ele vai a Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, para a liberação de recursos para a pavimentação do trecho da BR-367, entre os municípios de Jacinto e Salto da Divisa. A estrada dá acesso às praias do Sul da Bahia, sendo que a obra é esperada e prometida pelos governos há décadas.
A visita do presidente ao Vale do Jequitinhonha para destinação de verbas para os serviços de conclusão da BR 367 foi informada ao Estado de Minas pelo senador Carlos Viana (PSD), vice-líder do Governo no Senado. Ele também é o articulador da visita e da liberação da verba para conclusão do asfaltamento do trecho da BR-367, orçado em cerca de R$ 120 milhões.
Viana disse que a visita de Bolsonaro e a agilização das obras da estrada no Vale do Jequitinhonha são uma contrapartida do presidente da República a Minas Gerais por ele ter assumido o cargo de vice-líder do Governo no Senado.
“Conversei com o presidente. Uma das condições para eu assumir o cargo de vice-lider do Governo é que ele teria um olhar mais atento para o nosso estado. Quando assumi a vice-liderança do Governo no Senado, Minas voltou a ter destaque no cenário político nacional”, enfatizou Carlos Viana.
De acordo com o senador, Bolsonaro vai descer em Almenara e, em seguida, deslocará de helicóptero para Salto da Divisa, onde acontecerá o ato de assinatura da liberação de verbas para a pavimentação no trecho da BR-367. Viana disse ainda que, inicialmente, o evento estava marcado para o próximo dia 10, mas foi adiado porque o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, testou positivo para a COVID-19 na semana passada. Ele está assintomático.
A BR-367, parte da região de Diamantina, é muito movimentada por dar acesso às praias de Porto Seguro, no Sul da Bahia, onde termina a rodovia. A quantidade de veículos na rodovia aumenta mais ainda em períodos de férias, como o fim de ano que se aproxima. No entanto, a precariedade da estrada virou um pesadelo para os motoristas, com a sua pavimentação sendo promessa antiga de vários governantes, mas nunca cumprida.
O empresário Ernane Jardim de Miranda Machado, que lidera o movimento em prol da conclusão do asfaltamento da estrada, o “BR-367 Urgente”, afirma que o asfaltamento do trecho Jacinto/Salto da Divisa é aguardado desde o período de construção da estrada de terra. “Desde que a estrada foi aberta, este trecho nunca foi pavimentado. São mais de 60 anos de espera”, afirma Machado.
Ele salienta que as condições do trecho pioram nesse período do ano, devido ás chuvas. “A condição do trecho de terra varia do dia para a noite, dependendo da condição meteorológica. Se chove muito, fica intransitável para caminhões pesados, por exemplo”, relata o líder do movimento “BR-367 Urgente”.
O empresário disse que as lideranças da região esperam que desta vez, a pavimentação da estrada realmente saia do papel. “Esperamos que seja anunciado o início desta obra e o recapeamento da BR 367 de Aracuai até Jacinto porque o trecho está péssimo, com serviços constantes de tapa buraco que não resolvem o problema”, disse.
Desvio particular
No último dia 19, a passagem de veículos foi interditada no trecho da BR-367 entre Jacinto e Salto da Divisa depois de forte chuva. A força d’água arrancou as manilhas e o aterro sobre o córrego Piabanha – o local fica distante 38 quilômetros de Jacinto e 18 quilômetros de Salto da Divisa.
Na mesma ocasião, o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) anunciou uma opção de desvio para os motoristas que viajarem no sentido Araçuaí-Porto Seguro, pela MG 405, BA 283 e BR 101, retornando a BR 367 em Eunápolis (BA). Mas, o desvio aumentou em 160 quilômetros a viagem entre Araçuaí e Porto Seguro, cuja distância “normal” é de 360 quilômetros.
No entanto, empresas e prefeituras da região se uniram e fizeram um desvio dentro de uma propriedade particular próximo ao Córrego Piabanha. O empresário Ernane Machado disse que houve a mobilização das lideranças para fazer o “desvio particular” porque o DNIT informou que os serviços para a implantação de um desvio provisório e construção de uma nova ponte no local demorariam em torno de 60 dias.
Fonte: Bocao64.com/EM