Apesar do aumento inflacionário, puxado pelo crescimento dos preços da carne e da energia residencial, a expectativa é que a inflação se mantenha na meta em 2024
Devido às altas registradas nos preços da alimentação e da energia elétrica, o brasileiro sentiu no bolso o impacto do crescimento oficial da inflação em setembro, que atingiu o índice de crescimento em 0,44%.
A alta na energia, de 5,36% em relação a agosto, está relacionado à tarifa com bandeira vermelha (R$ 4,463 para cada 00 kWh consumidos) durante o mês de setembro e que avança agora em outubro para o chamado patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh). Já em termos de alimentação, que subiu 0,5% no geral e 0,56% quando considerada a alimentação em domicílio, o principal impacto foi do preço da carne: 2,97%, seguido pelo das frutas (2,79%).
O cenário de alta, de acordo com o economista Alexandre Maluf, da XP Investimentos, deve se manter até dezembro e apresentar um recuo no começo de 2025. “A projeção para a inflação está mantida em 4,6% para 2024, desacelerando um pouco, para 4,1%, em 2025”, projeta.
“Voltamos para um território positivo depois de algumas leituras baixas. Eu destacaria a contribuição de carnes: a gente viu uma alta bastante expressiva do preço do boi e isso já começa a aparecer no varejo. O preço da carne de porco também vem em uma toada forte, essa dinâmica do preço dos bois acaba puxando os substitutos”, explica o economista Alexandre Maluf, economista da XP Investimentos.
Para Larissa Falcão, líder regional do Nordeste da XP, os consumidores já estão sentindo os efeitos dessa alta nos preços de alguns alimentos como carne e frutas e terão que, para economizar, substituir esses alimentos.
“Fica o desafio para as famílias que deverão buscar substituições no momento das compras no varejo e adotar práticas de economia de energia para as próximas semanas, já que a previsão é de avanço da bandeira vermelha de consumo para o chamado patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh) em outubro”, avalia Larissa Falcão.
Fonte: aratuon.com.br/