Apenas cinco dias depois de conquistar o seu terceiro título seguido da Liga dos Campeões da Europa como treinador, Zinedine Zidane surpreendeu ao anunciar a sua saída do Real Madrid. Ídolo do clube também como jogador, o francês deixa o cargo após duas temporadas e meia à frente da equipe espanhola.
O comandante afirmou que, depois de nove títulos no comando do Real, este era o “momento certo” para ir embora. Antes técnico do time B do clube, Zidane foi efetivado como comandante da equipe principal em janeiro de 2016. “Este time deve seguir ganhando e precisa de uma mudança para isso. Depois de três anos, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho e por isso tomei esta decisão”, falou, antes de assegurar que não pretende treinar outro clube na próxima temporada.
Aos 45 anos, o ex-meio-campista é cotado para assumir a seleção francesa após a Copa. O próprio técnico da França, Didier Deschamps, afirmou que o companheiro da seleção campeã mundial em 1998 pode ser seu sucessor. “Não sou eu quem decide isso, é o presidente da federação. (Mas) Em algum momento ele será o treinador da França. Quando, eu não sei. Mas me parece lógico que um dia ele assuma a seleção” da França”, disse.
Reverência
Após o anúncio de Zidane, parte do elenco do Real usou as redes sociais para se manifestar sobre a despedida. Cristiano Ronaldo foi só elogios ao francês, responsável por mudar a posição do atacante, que, em declínio físico, tem sido centralizado. “Sinto apenas orgulho por ter sido seu jogador. Mestre, obrigado por tanto”, escreveu.
Sergio Ramos afirmou que Zidane se despediu no auge e comparou o adeus à aposentadoria do francês como jogador, após a decisão da Copa de 2006, quando foi vice.
“Mestre, como jogador e treinador, você decidiu se despedir no ponto mais alto. Obrigado pelos dois anos e meio de futebol, trabalho, carinho e amizade. Você vai, mas seu legado já é impossível de apagar”, publicou.
Fonte: http://atarde.uol.com.br