The Walking Dead encerrou um ciclo de oito anos com muita categoria. O último episódio da oitava temporada, exibido ontem (15), fechou uma história iniciada há quase uma década com emboscadas, tiroteio, porradas, traição e até perdão. Na próxima temporada, o drama zumbi ganhará uma nova cara.
Na contramão de anos anteriores, o drama não matou nenhum de seus protagonistas no encerramento.
A grande cena do capítulo se deu entre o xerife Rick Grimes (Andrew Lincoln) e o vilão Negan (Jeffrey Dean Morgan). Eles novamente ficaram frente à frente e trocaram chutes e socos. A briga cessou, e o mocinho ganhou Negan na conversa, o convencendo a se entregar.
Assim como na HQ em que a série se baseia, o vilão caiu no papo e baixou a guarda. Esse foi o instante em que Rick aproveitaria para cortar a garganta do algoz e liquidá-lo. Mas o policial decidiu ser misericordioso e o poupou, mesmo sob protestos de Maggie (Lauren Cohan), que queria a morte de Negan para vingar a perda de Glenn (Steven Yeun).
Em um leito, o vilão ouviu de Rick e Michonne (Danai Gurira) que ficaria preso para o resto da vida, para servir de exemplo aos sobreviventes, impor justiça. Nos quadrinhos foi assim também, mas com uma diferença básica: Carl, filho do xerife, estava vivo e até fez uma amizade com o líder sanguinário.
A morte de Carl Grimes (Chandler Riggs), que não agradou muito aos fãs, teve uma justificativa neste final de temporada. Rick disse ao arqui-inimigo que o garoto “imaginou um mundo melhor, todos nós trabalhando juntos, por algo maior do que nós”, conforme escritos nas cartas póstumas.
“Qual é a mensagem de Walking Dead? A série é sombria ou leve?” questionou o showrunner do drama, Scott Gimple, em entrevista para o site da revista The Hollywood Reporter, publicada após o final da temporada ir para o ar. “Eu acho que o fim deste episódio trouxe as respostas dessas questões.”
A oitava temporada marcou o adeus de Gimple no cargo de showrunner. Ele foi promovido e virou supervisor de toda a franquia zumbi Walking Dead. Em seu lugar assume Angela Kang, uma das produtoras-executivas da série.
Emboscada e sabotagem
Rick ficou cara a cara com Negan em campo aberto após eles e seus respectivos soldados terem escapado de armadilhas e emboscadas. As táticas de ambos levaram a um duelo em cima de um morro, com uma aparente vantagem dos Salvadores, súditos de Negan.
Porém, eles não contavam com uma sabotagem de Eugene (Josh McDermitt), o professor pardal do drama zumbi, que havia mostrado ser fiel a Negan após deixar a turma liderada por Rick. O cientista ficou encarregado de produzir todas as munições a serem usadas pelos Salvadores na batalha final.
Mas ele sabotou seus produtos em uma tentativa de mostrar que tem valor, depois de um bate-papo tenso com Rosita (Christian Serratos).
Ao dispararem as armas na direção dos sobreviventes, elas deram pipocos, e os soldados de Negan feriram suas mãos, ficaram desguarnecidos, abrindo brecha para Rick e sua turma atacarem e partirem rumo à captura de Negan.
Outros planos
Caso siga fielmente a história da HQ, a nona temporada de Walking Dead dará um salto no tempo de dois anos. Porém, a série pode apresentar narrativas inéditas, porque a série introduziu uma história que não está no gibi.
Inconformada com Negan vivo, Maggie armou um plano para matá-lo e convenceu duas pessoas para ajudar nessa missão: Jesus (Tom Payne) e Daryl (Norman Reedus). Ela pretende colocar o plano em prática quando as coisas se acalmarem. Essa trama pode ser finalizada tanto antes como depois do salto no tempo.
Fonte: http://noticiasdatv.uol.com.br