Quem nunca ouviu, principalmente da mãe, que entrar na água depois das refeições faz mal, que atire a primeira pedra. Para as crianças, o tempo de espera para voltar a diversão parece infinito: algumas mães chegam a proibir a entrada dos pequenos no mar ou na piscina por até 2 horas após a comida.
Mas será que a cultura materna tem razão e é perigoso mesmo? A resposta vai depender dos alimentos ingeridos e da atividade que será praticada.
Logo após a refeição, o organismo prioriza a digestão. Então, qualquer atividade física intensa fará com que os músculos passem a requerer mais sangue para supri-los de oxigênio, o que afeta o processo digestivo.
Por esse motivo, não é indicado realizar nenhuma atividade física intensa, seja dentro ou fora da água, imediatamente após as refeições. O agravante de fazer a atividade dentro de uma piscina ou no mar é que, nesse caso, há risco de afogamento, caso a pessoa passe mal.
Por isso, o recomendado é que se espere aproximadamente 50 minutos antes de fazer qualquer atividade intensa dentro da água. Contudo, para refeições bastante pesadas, como feijoada, o tempo ideal seria entre 3 e 4 horas.
Quando os alimentos ingeridos forem leves e pouco volumosos, como sorvetes e frutas, por exemplo, não há problema em entrar na piscina praticando movimentos leves e suaves.
Ou seja, entrar na piscina só para ficar ali curtindo a água, tudo bem. O que não pode é praticar exercícios de grande esforço.
Mas que mal pode causar?
O esforço realizado na água após a refeição pode causar desconforto gástrico, refluxo e até vômitos. Pode também ocorrer câimbras que, dependendo da intensidade e do local, há risco de afogamentos.
Outra questão muito discutida é a suscetibilidade do corpo em sofrer choque térmico após a refeição, se a pessoa mergulhar em água fria.
Depois de comer, é natural que ocorra maior fluxo sanguíneo para o centro do corpo, onde está o sistema digestório.
O coração não consegue bombear o sangue em velocidade suficiente para atender às demandas (a de digestão e a de aumentar a temperatura da pele por causa da água fria), e como consequência o indivíduo pode até morrer de choque hipovolêmico (situação em que o órgãos vitais deixam de receber a quantidade de sangue mínima para seu funcionamento).
Por isso, embora esses casos mais graves não sejam tão comuns, é bom tomar cuidado. Um mal-estar fora da água é mais facilmente identificado e socorrido. Já na água, a consequência pode ser muito pior. Compartilhe!
Fonte: saudecuriosa.com.br