O papa Francisco rejeitou uma doação considerável oferecida pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri, para uma organização de caridade apoiada pelo sumo pontífice. A razão: o valor incluía o número 666, que para muitos católicos faz referência ao demônio.
No início do mês, o presidente argentino ofertou a quantia de 16.666.000 pesos (equivalente a 4,2 milhões de reais) à Scholas Occurentes, instituição internacional voltada à educação.
De acordo com o site especializado Vatican Insider, parte do jornal italiano La Stampa, o papa enviou uma nota para a organização pedindo que recusasse o dinheiro e escreveu: “Não gostei do 666″.
No Apocalipse 13, versículo 18, a Bíblia diz: “Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis“.
Macri e Francisco, que foi arcebispo de Buenos Aires, já divergiram em outras ocasiões, especialmente em relação às medidas de austeridade financeira adotadas pelo presidente para controlar a inflação.
Segundo o jornal La Nación, o pontífice também não ficou satisfeito com a forma com que a imprensa argentina relatou a oferta, dizendo que a relação entre os dois estava melhorando.
Em carta enviada pela Scholas ao governo argentino, a instituição explica que é conveniente devolver o dinheiro porque “há aqueles que estão tentando deturpar este gesto institucional”.