Eduardo Sterblitch abriu seu coração em uma recente entrevista à coluna Veja Gente, da revista Veja. Na conversa, ele compartilhou seus pensamentos sobre sua carreira atual, suas preparações para novos papéis e expressou profundos arrependimentos em relação à sua passagem pelo programa “Pânico na TV”.
“Eu tenho vergonha dos crimes que provavelmente cometi ali dentro. Era um outro mundo. Tenho vergonha da minha ignorância artística. Era moleque. Entrei no Pânico com 17 anos, não tinha nenhuma responsabilidade social, do que representava, da minha responsabilidade enquanto artista. Era muito mais egoísta, muito fascista nesse lugar, como uma pessoa jovem”, disse o ator.
Ele prosseguiu: “Fui aprendendo com a vida adulta, não só com o mundo mudando. Piadas homofóbicas, racistas, misóginas, que a gente não percebia. Eu não sei o que gerei de dor, às vezes tem uma piada que ninguém nem lembra que fiz, mas que pode ter machucado alguém. Desculpa. A gente não está aqui para isso, mas sim para provocar, divertir, às vezes até mesmo insultar, mas sempre tudo no divino, no artístico”.
Eduardo Sterblitch fala sobre fama de prepotente e preparação para Beetlejuice
O ator, que atualmente colhe elogios por sua performance marcante como um policial miliciano na série “Os Outros”, do Globoplay, também falou sobre sua preparação para interpretar o icônico personagem Beetlejuice no teatro, em um musical que promete ser um desafio notável. Sobre o novo desafio teatral com o personagem imortalizado por Michael Keaton no cinema, Sterblitch compartilhou suas expectativas.
“Comecei a me preparar entre as gravações de O Auto da Compadecida e Os Outros. A gente também usa (atores) alternantes na peça. Quando a minha voz falha e a virilha não aguenta, ele entra. No musical, o ator chega mais perto do atleta. Estou fazendo preparação de mobilidade, fisioterapia e alongamento. Não tem como fazer sem preparação. É um personagem que tem voz muito para fora, é quase uma criança gritando. E depois bebo um whisky para relaxar”, explicou.
Além disso, Eduardo Sterblitch refletiu sobre seu estilo profissional, reconhecendo uma tendência à prepotência, mas também enfatizando sua dedicação e afetuosidade no trabalho. “Todas as pessoas com quem não me dou bem são as que não levavam a sério (o trabalho), do jeito que eu estava levando. Aí parece arrogância, mas sou muito afetuoso, dedicado. Às vezes é uma prepotência, sou um pouco prepotente. É a coisa da palavra, tenho que acreditar que sou bom para ter confiança de fazer uma cena com a Adriana Esteves. Se não, o que vou fazer?”, questionou.
Fonte: hitsite.com.br