Reciclagem dos resíduos industriais da empresa aumentou cerca de 30% nos últimos 10 anos, tendo atingido índices médios anuais próximos a 99%. O reaproveitamento gera energia e insumos para a fabricação de produtos diversos, como argamassa e materiais usados na adubação e na correção do solo, aplicados na própria plantação de eucalipto da empresa e comercializados com produtores agrícolas da região.
Eunápolis, 27 de abril de 2023 – Dentro de seu compromisso com a preservação ambiental, a Veracel aplica e desenvolve diversas iniciativas de reaproveitamento de resíduos em toda a cadeia de produção. A companhia foi a primeira no Brasil a iniciar suas operações em conjunto com uma unidade de tratamento de resíduos sólidos.
Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da Veracel, destaca que a busca por oportunidades de melhoria de reaproveitamento de resíduos é um processo constante na empresa. “O esforço para encontrar novas soluções viáveis, que envolvem criatividade e pesquisa. Exige um trabalho perene da nossa equipe”, afirma o coordenador.
Ao longo dos anos, com inovação, quebras de paradigmas e boas práticas, a Veracel vem ampliando, cada vez mais, a reutilização dos resíduos do processo de fabricação de celulose. De 2012 para 2022, alcançou resultados anuais de reciclagem próximos de 99%, sendo que, durante essa década, aumentou o índice de reaproveitamento de resíduos em cerca de 30%. Os índices médios anuais de reciclagem da empresa ficaram acima de 98% desde 2017, sendo que, em 2019 e 2020, foram superiores a 99%. No ano passado, a Veracel obteve 100% de reaproveitamento de resíduos durante quatro meses: junho, setembro, outubro e novembro.
Um dos principais destinos dos resíduos de fabricação de celulose da empresa é o aproveitamento nas áreas florestais próprias da Veracel e em estabelecimentos de produtores parceiros. Os insumos são usados também para ações de recuperação de matas nativas feitas pela companhia. Esses resíduos podem ser divididos em dois tipos: orgânicos e minerais.
Resíduos orgânicos
Os resíduos orgânicos – cascas de eucalipto e lodo biológico da estação de tratamento de efluentes da empresa – são ricos em matéria orgânica, fósforo e nitrogênio. Por isso, são transformados pela Veracel em adubo orgânico. Esse material é comercializado principalmente para os produtores agrícolas da região. Cerca de 1.500 toneladas/mês de adubo orgânico são vendidas a preços competitivos e utilizadas na agricultura e recuperação de áreas degradadas. Esse produto tem grande aceitação no mercado local e alta demanda por parte dos agricultores da região.
Resíduos minerais
Os resíduos minerais são ricos em carbonato de cálcio e por isso são utilizados como corretivo de acidez de solo. Cem por cento das áreas de plantio da Veracel utilizam o corretivo de acidez de solo oriundo dos resíduos calcários da fábrica de celulose. Cerca 1.500 toneladas/mês de corretivo de acidez de solo são utilizadas nos plantios de eucalipto da empresa. O excedente é comercializado com os produtores agrícolas da região – cerca de 1.000 toneladas/mês.
“Trata-se de um processo consolidado na empresa desde 2008. A madeira que sai da floresta, que tem cálcio e magnésio em sua composição, vem para a Veracel, é processada e transformada em celulose. Parte desses nutrientes se transformam em resíduos que são processados e voltam para a floresta como fertilizantes. É quase como um circuito fechado”, explica o engenheiro agrônomo Helton Lourenço, coordenador de Manejo Florestal da companhia.
Esse processo tem forte apelo ecológico, porque significa menos caminhões nas rodovias transportando o material e menos exploração de jazidas de calcário. “É um produto mais sustentável, porque reciclamos nossos próprios resíduos, não mandamos nada para aterro e devolvemos para a floresta parte do que foi exportado com a madeira”, afirma Helton.
Resíduos de areia
Em 2021 foram feitos testes de peneiramento que comprovaram a possibilidade de retornar cerca de 60% dos resíduos de areia para a própria caldeira. No ano passado, a empresa iniciou testes com a utilização desse material na fabricação de argamassa e desde esse período parte do resíduo de areia vem sendo utilizado por uma fábrica de argamassa local. “A busca por soluções viáveis de reciclagem para os resíduos nos ajuda a mitigar o uso de recursos naturais, gerar economia para a empresa, aumenta a vida útil do aterro industrial que é utilizado pela companhia e tem ainda um papel social importante na geração de empregos, trazendo também oferta de produtos de qualidade a preços competitivos para o mercado da região”, comenta Matos.
Geração de energia a partir de resíduo
A Veracel utiliza resíduos que existem em abundância em seu território de atuação para gerar energia limpa que é utilizada na fábrica. Tem, por exemplo, uma operação consolidada na transformação de caroço de açaí e bagaço de cana de açúcar em energia. Além disso, segue estudando novas fontes de biomassa, como fibra do coco e cascas de cupuaçu.
“A ampliação do uso desses resíduos como biomassa para gerar energia é um exemplo de como as indústrias podem minimizar os impactos de sua operação sobre o meio ambiente. Além de otimizar custos e diminuir o descarte de produtos na natureza, contribui para a nossa operação e para uma economia regional sustentável”, afirma o diretor industrial da Veracel, Ari Medeiros.
Sobre a Veracel
A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. O ranking Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar do Brasil pelo 5º ano consecutivo.
Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.
Fonte: Ascom Veracel Celulose