Com a volta às aulas, é comum que as crianças sejam infectadas por síndromes gripais. Para esclarecer dúvidas sobre o assunto, o comunicador Washington Teixeira entrevistou o infectologista Dr. André Baptista no podcast oficial do Município, “Eunápolis Pod+”, nesta terça-feira (11).
A mudança de temperatura ocasionada pela transição do verão para o outono pode contribuir para a transmissão de síndromes gripais entre as crianças. “Quando está frio, o normal é fechar as janelas, então o ar não circula tanto, e a transmissão ocorre por meio das gotículas, o que acaba sendo mais fácil de ocorrer”, pontuou o infectologista.
O médico também falou sobre como a pandemia pode ter afetado o desenvolvimento do sistema de defesa das crianças. “As crianças atravessaram um período em que ficaram dois anos dentro de casa, com pouco contato com o ambiente externo, então o sistema de defesa, que normalmente se desenvolve até o quinto ano de vida, pode demorar um pouco mais para se desenvolver”, esclareceu.
As recomendações médicas para casos de síndromes gripais também foram passadas durante o programa. “A cada 10 infecções respiratórias, nove são por vírus, que são menos invasivos do que as bactérias. A virose dura em torno de sete dias, com tosse seca, febre que vai e volta, coriza, então a recomendação é fazer lavagem nasal sempre que possível. Os pais devem observar, após passado o período de sete dias, em sinais de infecção bacteriana como tosse carregada, febre persistente e catarro verde ou amarelo, sendo então é necessário o atendimento médico”, alertou Baptista.
O infectologista ainda listou os medicamentos que podem ser utilizados em caso de infecções por vírus. “Se os pais foram recentemente ao médico, podem utilizar a mesma medicação, que é paracetamol ou dipirona para dor e febre, e desloratadina para coriza, na dose recomendada pelo seu médico. Caso seja a primeira vez do uso do medicamento e a criança apresentar coceira, placas vermelhas pelo corpo, dificuldade de respirar, inchaço nos olhos e lábios, são sinais de possível reação alérgica ao remédio e é necessário procurar o médico o mais rápido possível”.
O médico também deixou orientação para os professores. “Crianças trocam brinquedo, espirram na cara uma das outras, então, sempre que alguma apresentar sintomas, está sujeita a transmitir a doença para as outras. O ideal é que os professores façam a recomendação aos pais que os filhos fiquem em casa nesse período”, alertou.
A edição do “Eunápolis Pod+” está disponível no Instagram da Prefeitura de Eunápolis [@prefeunapolis].
Ascom – Prefeitura de Eunápolis (BA)