Presente em relatos médicos desde o século 19, a síndrome da boca ardente se caracteriza por uma sensação de queimação na língua e por alterações no paladar, que levam os pacientes a experimentarem constantemente um gosto amargo e metálico. As causas do problema ainda não estão bem definidas e, por isso, a condição de saúde é considerada intrigante.
A literatura médica aponta mulheres no período da menopausa como as mais afetadas pela síndrome da boca ardente, mas a relação ainda não foi completamente estabelecida. Há suspeitas de que as alterações hormonais durante o período tenham relação com o surgimento da ardência bucal. Mas, além delas, os homens também podem apresentar o problema.
Não há exames específicos para identificar com clareza a condição. Por isso, o diagnóstico precisa ser feito por exclusão: quando não restam outras possibilidades de doenças para os sintomas descritos, aponta-se para a síndrome da boca ardente primária.
De acordo com o especialista, a sensação provocada pela síndrome da boca ardente é semelhante a de ter comido pimenta, que diminui apenas com a ingestão de alimentos frios. “É comum termos relatos de pacientes que ficam chupando gelo para amenizar o sintoma”, comenta Duda.
Fatores psicológicos também costumam estar presentes quando o diagnóstico da síndrome da boca ardente é confirmado. “Há muitos casos nos quais é relatado um quadro de ansiedade ou depressão, mas não temos como saber se são essas questões psicológicas que geram a ardência ou se é o contrário”, afirma o médico.
Para o tratamento da síndrome, é necessário o acompanhamento de otorrinolaringologistas ou estomatologistas, especialistas no diagnóstico de doenças da boca. Analisando o perfil do paciente é possível definir o tratamento, visto que não existe um único medicamento para o quadro, podendo ser indicados antidepressivos, ansiolíticos e antioxidantes. Em alguns casos, a terapia ajuda a controlar os sintomas. As informações são do Metrópoles.
Fonte:bahianoticias.com.br/