A dica de hoje traz uma questão importante sobre óleo do motor que, pelo jeito, precisa ser discutida, já que não é a primeira vez que recebo comentário questionando a necessidade de substituí-lo regularmente.
Pela segunda vez, em uma postagem a respeito de lubrificantes, alguém comentou que não concorda com a importância da troca do lubrificante, alegando que ele vem do petróleo, que está no mundo há milhões de anos.
Inicialmente eu achei que fosse brincadeira, mas parece que é sério. Então, vamos esclarecer essa questão, já que a dúvida de um pode ser a dúvida de muitos e o mesmo vale para as confusões.
O primeiro ponto importante aqui é lembrar que o petróleo está mesmo em nosso planeta há milhões de anos, mas lá, debaixo da terra, beeem debaixo da terra e quietinho. Só isso já poderia encerrar nossa discussão, mas ainda tem muito pano para a manga.
O óleo que a gente usa nos motores dos nossos carros (e em mais um monte de equipamentos) não é petróleo puro, mas sim um derivado dele. Além disso, é aditivado, ou seja, recebe produtos específicos para melhorar sua eficácia, como detergentes e dispersantes.
Quando a gente tirar o lubrificante do frasco e manda para dentro do motor, o óleo e seus aditivos são agitados, aquecidos, resfriados, espremidos, sacudidos…
Tudo isso vai mudando as características do produto ao longo do tempo,até que ele não consiga mais realizar suas tarefas dentro da máquina.
Aqui vale um adendo para quem odeia o próprio carro e gosta de comprar óleo lubrificante readitivado…vocês estão matando seus carros lenta e dolorosamente!
Agora vamos expandir a discussão. Se o óleo de motor não é petróleo, mas sim um derivado aditivado dele, o mesmo vale para diversos outros fluídos do automóvel, como, por exemplo, o de freio, o da direção hidráulica e, qual mais? Quem sabe? Quem? Quem? Quem? Isso mesmo! O da transmissão, seja ela manual ou automática.
Tempo de uso ou quilometragem?
Nenhum desses caras dura para sempre e isso acontece pelos mesmos motivos. Eles vão sofrendo desgaste pelo uso e suas cargas de aditivos também vão perdendo eficiência.
Essa degradação acontece por tempo de uso ou por tempo ocioso também, já que, especialmente quando já está fora da embalagem, o lubrificante começa a sofrer contaminação, em particular, por oxigênio – gás que oxida os lubrificantes, e lubrificante oxidado não presta mais.
Não custa ressaltar que a gente tem uma gama imensa de lubrificantes disponíveis no mercado, de ótimos fabricantes. Você pode escolher o que quiser, desde que o produto atenda às especificações que constam no manual do seu carro.
Fonte: uol.com.br/