Fruto de uma parceria público-privada entre a Veracel e o governo da Bahia, as obras da estrada estadual e da ponte sobre o Rio Jequitinhonha avançam. A inauguração está prevista para o primeiro semestre do ano que vem.
Eunápolis, 12 de setembro de 2022 – O projeto de construção da rodovia estadual BA 658 e da ponte sobre o Rio Jequitinhonha ultrapassou a marca dos 50% e já está próximo dos 60%. Com investimento de mais de R$ 95 milhões da Veracel Celulose, a obra que será doada ao governo do estado deverá ser inaugurada no primeiro semestre de 2023.
A BA 658 terá 25 quilômetros de extensão e uma ponte de 360 metros de comprimento e 9,60 metros de largura. A estrada ligará as rodovias BA 275 e BA 982, sendo uma alternativa em caso de interdição da BR 101. A obra facilitará o transporte em toda a região, representando um ganho importante de infraestrutura e desenvolvimento para o Sul da Bahia, além de trazer melhorias sociais e econômicas paras as comunidades locais, com redução significativa nas distâncias percorridas entre as diversas localidades da região.
Para a Veracel, a nova estrada vai significar uma redução do trajeto entre a fábrica e a base florestal da empresa, com diminuição do fluxo de veículos e das emissões de gases de efeito estufa. A construção da estrada faz parte da busca pela otimização das suas operações logísticas, reduzindo o trajeto de madeira entre suas áreas de colheita do eucalipto, localizadas ao norte do Rio Jequitinhonha, com a fábrica, localizada em Eunápolis. Atualmente, para acesso ao transporte entre a fábrica e a área de suas florestas plantadas, a Veracel utiliza as rodovias BA-275, BA-687, BR-101, BA-274 e BA-982. Com a implantação da nova estrada, o fluxo de veículos da empresa será reduzido nas rodovias BA-275, BA-687 e BR-101, com uma economia de 56km por viagem para cada carreta de transporte que realiza o percurso. Isso trará uma redução de até 25 viagens de carretas de madeira por dia nas estradas da região, diminuindo o risco de acidentes, além das emissões de CO2 na atmosfera.
Benefícios para o território e para a comunidade
Além de promover o desenvolvimento da região, os ganhos para a comunidade são significativos. Do efetivo de funcionários envolvidos no projeto, mais de 80% é mão de obra local, contratada nos municípios ao redor do projeto, o que representa geração de renda na economia local, com a contratação de restaurante, transporte, lavanderia, fornecedores de material de consumo e de construção.
“Nós que andamos pela obra e temos contato com as comunidades, vemos o benefício social imensurável que a estrada e a ponte trarão. É uma obra com praticamente zero rejeição, o que é muito difícil. Mesmo que seja um projeto para beneficiar, obra sempre incomoda. Mas temos visto um nível de satisfação do pessoal das comunidades muito grande. Temos recebido feedbacks excelentes das comunidades, elas estão muito satisfeitas com a realização da obra”, afirma o engenheiro Êmerson Martins de Assis, diretor da Ictus, empresa responsável pela gestão e fiscalização do projeto.
“O cuidado com os ribeirinhos também é enorme. Tudo é feito de maneira a não impactar o dia a dia dos moradores”, completa Fernando César Húngaro, da EcoPontes, uma das empresas contratadas para a execução da obra.
Doação de cadeiras de rodas
A EcoPontes, junto com a Mais Construtora, outra empresa que atua na obra, tem feito doações de cadeiras de rodas para a comunidade. Toda a sucata de ferro e aço da obra é vendida e transformada em cadeira de rodas que estão sendo doadas para creches, hospitais e postos de saúde da comunidade.
Interligações
Um dos principais benefícios da obra para a população será a melhoria na integração de diversas localidades, como a interligação da região Norte do município de Belmonte (Boca do Córrego, Santa Maria Eterna, Tuiuty, Comunidade Indígena Patibury) com a sede do município e seu entorno. Outra melhoria importante é a integração das comunidades do município de Canavieiras (Canavieiras, Pimenteiras, Ouricana, Portão de Ferro, Venda Nova) com a região sul do Rio Jequitinhonha. A interligação reduzirá o trajeto da população para o acesso a serviços nas áreas de saúde, educação, assistência social, entre outros.
A estrada também será integrada ao projeto do novo aeroporto de Porto Seguro, apoiando a formação do corredor logístico de transporte com a região de Pindorama e deve favorecer o aumento do fluxo turístico regional, devido à redução da distância entre os municípios de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Belmonte e Canavieiras e do fluxo turístico proveniente da região entre Ilhéus e Itacaré, em direção a Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro.
A rodovia oferecerá ainda uma alternativa de travessia do Rio Jequitinhonha, hoje realizada exclusivamente pela ponte da BR-101. Além disso, reduzirá o tráfego de carretas na mesma rodovia e vai facilitar o escoamento da produção agropecuária de todas as comunidades ao norte do rio.
Status da obra: mais da metade
Com relação à estrada, o trecho sul (5,5 km) está em fase de finalização e deve ser concluído em meados de setembro, e o trecho norte (19,5 km) já passou da metade. Já a ponte está em sua fase de construção da 9ª fundação, de um total de 11. A previsão é que as últimas três fundações sejam concluídas até meados de outubro. “A fundação é a fase mais complicada, porque envolve uma parte submersa. Dependemos do nível do rio, é um desafio grande”, diz Assis. De um total de dez lajes da ponte, uma já está pronta, a segunda será concluída até o final de setembro e a terceira já foi iniciada. Das 11 duplas de pilares por eixo da obra, está em execução o sexto eixo.
“A construção da ponte é um desafio, porque o Rio Jequitinhonha é um dos rios mais difíceis de se trabalhar no Brasil, dadas as inconstâncias de nível: ora está com 2 metros de altura de água, ora não tem água nenhuma. Mas o desafio está sendo vencido e será motivo de orgulho para a nossa empresa e para todos que estão trabalhando nessa obra”, afirma Fernando Húngaro, diretor superintendente da EcoPontes.
Segurança acima de tudo: zero acidentes
A Ictus coordena o trabalho da Mais Construtora e da EcoPontes. O trabalho das três empresas envolve 320 funcionários diretos. Com mais de cem equipamentos trabalhando na obra, entre caminhões, tratores, máquinas, barcos e rebocadores, em nove meses de obra não foi registrado nenhum acidente de trabalho. Também não houve nenhum incidente na parte ambiental e nenhum acidente envolvendo animais.
“Não tivemos nenhuma intercorrência em nove meses. Isso mostra que os estudos e o planejamento foram bem-feitos. Um grande diferencial desse projeto é a preocupação ambiental da Veracel”, orgulha-se Assis. Ao visitarem o projeto, os fiscais do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) consideraram a obra referência em cuidado ambiental. Segundo Assis, isso é resultado de muitas horas de treinamento, reciclagem e diálogo de segurança. “A Veracel não está medindo esforços para incutir nesses trabalhadores uma cultura de segurança. É uma satisfação muito grande gerenciar um projeto com esse nível de preocupação. Como engenheiro de obras, poucas vezes vi isso na minha carreira.”
“O nível de segurança da Veracel transcende as exigências das empresas mais exigentes do Brasil. Há um cuidado muito grande com o meio ambiente, para evitar impactos ambientais. Para se ter uma ideia, no lado norte da ponte as vigas serão colocadas sobre a mata, ou seja, sem supressão de vegetação”, diz o engenheiro civil Fernando Húngaro.
Raio X da estrada
25 km de estrada (5,5 km trecho sul; 19,5 km trecho norte)
Drenagem profunda: 90% já realizado
Terraplanagem: 50%
Pavimentação: camadas finais para liberação do trânsito até o fim do ano
Raio X da ponte
360 metros de extensão por 9m60 de largura, com colunas de até 18 metros de altura
Estrutura mista de aço, vigas metálicas e tabuleiro em concreto
11 eixos de fundações (75% executados)
11 pilares duplos (55% executados)
Vigas metálicas (100% produzidas e 20% instaladas)
10 vãos de 36 metros (segundo vão de tabuleiro da pista da ponte começou a ser lançado)
Lajes do tabuleiro (piso da ponte) (20% executadas)
Foi iniciado o lançamento das vigas metálicas com uma treliça lançadeira inovadora.
Sobre a Veracel Celulose
A Veracel Celulose celebra 31 anos de atuação em 2022. Com a fábrica em Eunápolis, no Sul da Bahia, a companhia integra operações florestais, industriais e de logística em mais 10 outros municípios da região. Responsável pela produção de 1,1 milhão de toneladas de celulose/ano, 100% da madeira de eucalipto utilizada no processo produtivo é certificada ou controlada em conformidade aos princípios e critérios de padrões normativos internacionais FSC e CERFLOR. Com 50% de participação cada, seus acionistas são duas grandes operadoras no setor de celulose e papel em âmbito internacional: a brasileira Suzano e a sueco-finlandesa Stora Enso.
A Veracel é considerada como uma das melhores empresas para se trabalhar na Bahia, de acordo com o selo Great Place to Work (GPTW). Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro, a Estação Veracel, que recebeu o Certificado de Serviços Ecossistêmicos do Forest Stewardship Council® – FSC® C017612, emitido no Brasil pela certificadora Imaflora.
Além dos contratos de parceria com produtores locais, totalizando mais de 20 mil hectares, a Veracel possui 3.191 empregos diretos e cerca de 16 mil beneficiados pelas iniciativas de educação, saúde e geração de renda, desenvolvidas nos últimos anos.
Ser responsável, inspirar pessoas e valorizar a vida é propósito da empresa.
Fonte: Ascom Veracel Celulose