A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) têm avaliado uma proposta para reduzir o emaranhado de fios e cabos em postes de energia do Brasil.
No último mês de abril, as agências terminaram uma consulta pública realizada em conjunto para um novo regulamento voltado ao compartilhamento de postes. O foco da ideia está em consertar o uso irregular das estruturas. Entre elas, reduzir os fios que ficam soltos ou mal instalados pelas cidades — algo que gera risco de vida à população.
Apesar de os postes serem das distribuidoras, com regras estabelecidas por Aneel e Anatel, as empresas de telecomunicações pagam um aluguel por parte desses espaços. Porém, um levantamento de 2019 da Aneel mostra que somente 42% das operadoras que exploram o uso de cabos tinham contrato com alguma distribuidora — ou seja, ocupam os postes de maneira clandestina.
A proposta debatida pelas agências inclui que as distribuidoras de energia e as empresas de telecom tenham que regularizar de 2% a 3% dos postes ao ano, durante dez anos. Ela ainda estabelece que os custos sejam bancados pelas provedoras e que haja a retirada dos cabos em situação irregular.
O plano de limpeza dos postes teria um levantamento inicial sobre a situação dos postes pelas distribuidoras, que relacionariam quais precisariam ser regularizados. A seguir, as operadoras teriam que atuar nos locais indicados no relatório. Por últ4imo, haveria uma vistoria das áreas para a garantia de que o combinado foi feito.
A consulta pública — que recebeu contribuições até o dia 18 de abril — feita pelos órgãos identificou cerca de 50 milhões de postes operacionais no Brasil, dos quais aproximadamente 30% estariam em situação de regularização prioritária. A estimativa é de um custo superior a R$ 20 bilhões para realizar todo o projeto.
Entre as principais críticas por parte do setor de telecomunicações, estão o custo da limpeza dos postes por parte das provedoras; a determinação do preço pela Aneel; os riscos de o “posteiro” não ser um operador independente; e eventuais cortes de cabos em situação regular por engano.
E aí, você acredita que seja necessário realizar uma redução de fios e cabos dos postes pelo país?
Fonte: tudocelular.com/