Tôa Tôa, na orla norte de Porto Seguro
A pedido do Ministério Público Federal em Eunápolis, a Justiça Federal determinou a demolição das famosas barracas de praia Axé Moi e o Tôa Tôa, na orla norte. Ainda de acordo com a decisão, as barracas devem ser fechadas, imediatamente, já nesta segunda-feira (12).
O procurador da República Fernando Zelada, que assina as ações, afirma que a omissão dos poderes públicos no exercício do poder de polícia e a ausência de fiscalização de praias e terrenos de marinha na região contribuíram para que as irregularidades fossem praticadas sem qualquer vistoria.
Em carta divulgada à imprensa, o proprietário da Axé Moi, Beto Nascimento, que também é vice-prefeito do município, mostrou-se surpreso e disse que fará o possível para evitar o que ele classifica de “tragédia” para a economia.
“Achamos a decisão estranha e desproporcional. Logo em seguida a estas duas barracas, a ordem virá para todas as outras, sem exceção”, disse Beto.
O complexo de lazer Axé Moi tem uma área de 20.000m² no litoral norte de Porto Seguro, na praia de Taperapuã.
Axé Moi é uma das mais famosas da Bahia
“Isso coloca em risco o turismo de Porto Seguro e vai destruir o ganha pão de milhares de pais e mães de família, colaboradores, ambulantes e fornecedores. Com a falta de turistas os hotéis também serão afetados, o desemprego irá aumentar e as consequências para Porto Seguro são as piores possíveis”, afirma.
“Com a falta de turistas os hotéis também serão afetados, o desemprego irá aumentar e as consequências para Porto Seguro são as piores possíveis”, afirma Beto.
O proprietário do Tôa Tôa, Paulo Onishi, vereador no município, também acredita que com a medida a economia regional vai sofrer um forte impacto, uma vez que a questão envolve hotéis, taxistas, mototaxistas, ambulantes, garçons, terceirizados e o comércio em geral. “Todos os insumos são adquiridos aqui, através de uma estrutura que movimenta R$ 15 milhões por ano”, frisa Onishi.
Segundo as ações do Ministério Público Federal, o próprio município de Porto Seguro fomentou, desde 1989, a ocupação irregular da orla marítima, autorizando que fossem erguidas barracas de praia com até 700m² de área total coberta, incluindo a construção de almoxarifado, dispensa, palco coberto, vestiário, refeitório para funcionário, quiosques de apoio e deck.
Fonte: http://radar64.com/