O registro de vários casos de malária em um assentamento de Itabela acendeu o alerta para o perigo iminente da chegada da doença ao município.
O aviso foi feito pelo Núcleo Regional de Saúde (NRS) Extremo Sul, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), após ter sido identificado um foco de malária no Assentamento Margarida Alves.
Até o momento, foram confirmados sete casos da doença, todos no assentamento, informou a secretária de Saúde de Itabela, Wádla Casiano, acrescentando que os pacientes já estão sendo medicados, sendo que um deles já teve alta e outros quatro irão finalizar o tratamento nesta sexta-feira (2).
“A equipe de Endemias do município esta trabalhando com os técnicos da SEsab, atuando pontualmente nessa localidade para evitar que surjam mais casos. As Ações foram imediatas e estão sendo feitas diariamente, com monitoramento dos pacientes sintomáticos, fazendo testes e encaminhando para medicação”, explicou a secretária. “Além disso, estamos atuando na prevenção, através da captura do mosquito transmissor, e fazendo trabalho educativo com a comunidade”, finalizou.
De acordo com Wádla, o surto no assentamento teve inicio com um morador recém chegado de outra localidade, mas o caso está sendo investigado. “É um fato isolado no município e causou surpresa, porque o assentamento existe há dez anos e, durante todo esse tempo, nunca houve caso positivo no local”, afirmou.
Monitoramento
A fim de evitar que o parasita se alastre, o NRS recomendou que a Secretaria de Saúde do município monitore quem esteve ou pernoitou no assentamento, e também quem recebeu visitas de pessoas oriundas dessa localidade.
Se essas pessoas sentirem sintomas como febre com calafrios, dores de cabeça, fraqueza, etc, devem procurar com urgência um posto de saúde para que façam um teste da doença, informou o núcleo.
O que é malária
A malária é causada pelo parasita Plasmodium, transmitido ao homem pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados. Ao picar uma pessoa infectada, o mosquito se torna transmissor, causando a disseminação da doença.
De acordo com a Fiocruz, após a picada do mosquito transmissor, o parasita permanece incubado no corpo do individuo infectado por pelo menos uma semana. Ele se instala no fígado e se espalha pelo organismo, causando palidez, calafrios, febre, dores de cabeça, vômito e sudorese. Pode ocorrer também dor muscular, taquicardia, aumento do braço e, por vezes delírios.
O tratamento da malária visa eliminar o parasita da corrente sanguínea do individuo e deve ser iniciado o mais rápido possível, com o uso de medicamentos específicos.
Fonte: Radar64.com