Cresce a polêmica em relação à vacina da Oxford/AstraZeneca, a principal aposta do governo federal brasileiro para a campanha de vacinação contra a covid-19. Depois de diversos países terem tomado a decisão de suspender o uso das doses de forma provisória, nesta segunda-feira foi a vez da Itália, Alemanha e França também seguir o mesmo caminho e vetar a distribuição da dose. Isso ocorreu mesmo depois de a Organização Mundial da Saúde ter insistido para que governos continuassem com o uso das vacinas e que não haveria evidências, neste momento, para justificar a suspensão das vacinas.
O principal argumento das autoridades nacionais é de que precisam aguardar para saber se casos de coágulos de sangue em pessoas vacinadas teriam alguma relação com o imunizante. “Vários países suspenderam a vacina”, disse Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Isso não quer dizer que os casos de coágulos estão relacionados com as vacinas. Mas é a rotina controla-los”, indicou. Segundo ele, a OMS está avaliando o caso e terá um encontro na terça-feira para tomar uma decisão, de acordo com o UOL.
Antes do pronunciamento de Tedros, o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, disse, pelo menos até hoje, “não existem evidências de que os incidentes sejam causados pela vacina, e é importante que as campanhas de vacinação continuem para que possamos salvar vidas e conter doenças graves do vírus”. Ainda assim, o Ministério da Saúde alemão indicou que as autoridades locais “consideram necessária mais investigação após novos relatos de trombose cerebral em conexão com a vacinação na Alemanha e na Europa”. O ministro da Saúde, Jens Spahn, explicou que sete casos de trombose foram relatados e garantiu que a medida é “puramente preventiva”.
Em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, também tomou a decisão de suspender o uso da vacina, até que seja esclarecida a relação entre os casos de coágulos e as doses. Ele, porém, espera que a vacinação seja retomada rapidamente.
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