O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (4), que há forte pressão do Judiciário e Legislativo sobre o Poder Executivo e que “cada um tem que navegar dentro dos limites de suas responsabilidades”.
Mourão comentou duas decisões recentes da suprema corte que cassaram determinações de Jair Bolsonaro. Uma delas foi a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor da Polícia Federal. O nome de Ramagem já havia sido confirmado pelo cerimonial da presidência da República mas acabou barrado pelo STF. Na sequência, o presidente publicou uma edição extra do Diário Oficial e tornou sem efeito a indicação.
A outra medida alvo da crítica de Mourão foi a suspensão, por parte do ministro Luís Roberto Barroso, da expulsão de 34 diplomatas venezuelanos.
“Então, os casos mais recentes que foi da nomeação do diretor-geral da Polícia Federal, a questão dos diplomatas venezuelanos, decisões que são do presidente da República. Responsabilidade dele e decisão dele escolher seus auxiliares, assim como chefe de Estado, ele é o responsável pela política externa do país”, reclamou o vice.
Questionado sobre a evocação por parte de Bolsonaro das Forças Armadas na manifestação de domingo, Mourão desconversou e defendeu o papel constitucional das forças.
“As Forças Armadas não tutelam o país em hipótese alguma. As Forças Armadas se consideram e sempre se considerarão como elementos do Estado Brasileiro e é dessa forma que elas agem”.
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